Haiti precisará de R$ 20 bilhões para reconstrução, diz ONU

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) estima que o Haiti precisará de US$ 11,5 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) nos próximos três anos para se reconstruir e reativar a economia após o terremoto de janeiro, que assolou a capital do país, Porto Príncipe. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo porta-voz do […]

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Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) estima que o Haiti precisará de US$ 11,5 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) nos próximos três anos para se reconstruir e reativar a economia após o terremoto de janeiro, que assolou a capital do país, Porto Príncipe. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo porta-voz do Banco Mundial para a América Latina, Sérgio Jellinek.

A estimativa final será entregue em um relatório elaborado pela ONU, em conjunto com o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Comissão da União Europeia. A divulgação está prevista para até o final deste mês, segundo o porta-voz do Banco Mundial. Em 16 de fevereiro, o BID tinha estimado em US$ 14 bilhões (R$ 24,7 bilhões) o custo da reconstrução do Haiti.

O terremoto de 12 de janeiro provocou ao menos 220 mil mortes e deixou em torno de 1,3 milhão de pessoas desabrigadas, depois de devastar boa parte de Porto Príncipe e outras localidades.

Segundo o jornal americano “The Wall Street Journal”, que teve acesso a uma cópia do relatório, os danos foram calculados em US$ 7,86 bilhões (R$ 13,8 bilhões), ou 120% da produção do país no último ano.

O relatório detalha que serão necessários US$ 3,25 bilhões (R$ 5,7 bilhões) para reconstruir casas, US$ 600 milhões (R$ 1 bilhão) para escolas, US$ 294 milhões (R$ 518,7 milhões) para hospitais, US$ 100 milhões (R$ 176,4 milhões) para estradas urbanas e US$ 50 milhões (R$ 88,2 milhões) para reconstruir o porto de Porto Príncipe.

Vítimas

O documento ainda traz novos dados da catástrofe: mais de 300 mil pessoas ficaram feridas e 8,5% dos trabalhadores perderam seus empregos, cerca de 105 mil casas desabaram e 208 mil foram danificadas, 1,3 mil escolas e 50 hospitais desmoronaram ou não podem mais ser usados, o palácio presidencial e a maioria dos Ministérios foram destruídos. A única exceção foi a rede de telefonia celular, que sofreu apenas pequenos estragos.

A maioria dos estragos, cerca de 70%, atingiu o setor privado e apenas os danos em casas particulares são estimados em US$ 2,3 bilhões (R$ 4 bilhões), informa o “The Wall Street Journal”.

Um dos principais desafios será construir um Haiti diferente — um país onde autoridades se antecipem aos desastres naturais, apoiem a criação de empregos e ajudem a reduzir os engarrafamentos em Porto Príncipe — e aproveitar para desenvolver outras áreas do país, afirma o relatório, segundo o jornal americano.

Uma conferência internacional de doadores está prevista para 31 de março em Nova York.

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