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Governador não cumpre acordo com índios, que prometem fechar rodovia e onda de protestos

No acordo, firmado por intermédio do MPF, o Governo de Mato Grosso do Sul se comprometeu a construir uma rotatória em área para travessia de pessoas, carroças e animais, além do cascalhamento de vias na Reserva Jaguapiru, cortada pela rodovia.
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No acordo, firmado por intermédio do MPF, o Governo de Mato Grosso do Sul se comprometeu a construir uma rotatória em área para travessia de pessoas, carroças e animais, além do cascalhamento de vias na Reserva Jaguapiru, cortada pela rodovia.

Os índios da Aldeia Jaguapiru, em (MS), planejam promover a partir da próxima semana uma onde de protestos com o bloqueio da rodovia MS-156, caso o governador André Puccinelli (PMDB) não cumpra acordo que prevê medidas compensatórias e mitigatórias por causa dos impactos causados na comunidade com a duplicação da via, que corta a reserva indígena de norte a sul.

O vice Cacique da Aldeia Jaguapiru, Leomar Mariano Silva, afirmou que a empreiteira contratada pelo Governo do Estado já concluiu a obra de pavimentação asfáltica da rodovia duplicada, faltando apenas concluir a sinalização viária e a iluminação. Ele alega que, do jeito que a obra foi feita, os índios foram prejudicados.

“Queremos a construção de uma rotatória no Travessão do Rosemar o ponto de maior passagem de pessoas, carroças e animais”, disse Leomar ao lembrar que o Governo do Estado não cumpriu o acordo feito entre as lideranças das aldeias Jaguapiru e Bororó firmadas com a interveniência do MPF (Ministério Público Federal). “Estamos dando um prazo até o dia 15 de janeiro para que o governador inicie a construção da rotatória”, disse Leomar.

Além da construção da rotatória, Leomar cobra do Governo do Estado que sejam encascalhadas todas as estradas vicinais da Reserva conforme estipulado no acordo com o MPF e também que seja construído o calçadão na entrada principal da reserva que dá acesso a Escola Municipal Tengatui Marangatu para que sejam implantadas as feiras de artesanatos e de produtos agrícolas produzidos pela comunidade indígena.

Izael Terena, um dos líderes do movimento, afirmou que os índios não querem ser mais manipulados pelos políticos. “Já estamos cansados de tantas promessas. Nosso povo quer ação”, disse o índio que está mobilizando os jovens da aldeia para a onda de protestos.  “Se fecharmos a rodovia a ligação entre Dourados e os municípios de Itaporã, Maracaju e ficará interrompida e muita gente sairá prejudicada”, finalizou.

Perigos da duplicação

Em agosto deste os índios tentaram impedir a duplicação da BR-156. Nesta data cerca de duzentos índios das etnias Guarani, Terena e Caiuá retiveram uma moto niveladora da empreiteira como forma de protesto contra a insegurança que a duplicação causaria por falta de a construção de uma rotatória.

No dia 12 de dezembro os índios fizeram o primeiro alerta sobre os perigos que a duplicação acarretou a comunidade. Durante alguns minutos as lideranças das duas aldeias interromperam o tráfego pedindo a construção da rotatória e não foram atendidos pelo Governo.

A BR-156 possui tráfego pesado de caminhões e carretas, pois a estrada também liga a região a outros municípios produtores de grãos, como Maracaju e Sidrolândia.

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