Fronteira está fechada por causa de eleições na Bolívia

Neste domingo de Páscoa, 04 de abril, os bolivianos estão indo às urnas para elegerem seus representantes regionais e municipais. O pleito acontece em todo o país e movimenta também as cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suarez, localizadas na fronteira com Corumbá. O acesso a estes municípios está fechado neste dia de eleição e […]

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Neste domingo de Páscoa, 04 de abril, os bolivianos estão indo às urnas para elegerem seus representantes regionais e municipais. O pleito acontece em todo o país e movimenta também as cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suarez, localizadas na fronteira com Corumbá. O acesso a estes municípios está fechado neste dia de eleição e veículos não podem entrar e nem sair daquele país. Em toda a Bolívia, são pouco mais 5 milhões de eleitores e 2504 cargos em disputa. Os resultados prévios devem ser divulgados esta noite.

A manhã em um dos colégios eleitorais, que contém 15 urnas, foi tranquila na cidade fronteiriça com Corumbá. Além deste, mais 3 locais recebem as cédulas em Puerto Quijarro. Os eleitores só podem votar munidos de algum documento com foto. Diferentemente do processo eleitoral do Brasil, naquele país a escolha é feita em cédulas. Antes de entregar para o votante, o fiscal de urna mostra cada cédula aos delegados de partido para garantir que ela não está marcada. Cada eleitor recebe duas cédulas. Uma para escolha de prefeitos e vereadores e a outra para governador e deputados estaduais.

Os candidatos concorrem a vereadores (lá chamados de concejales); prefeitos (os alcaldes); deputados estaduais (diputados) e governadores (prefectos ou gobernadores). São 8 candidatos a prefeitura de Puerto Quijarro e 6 em Puerto Suarez. Já para governador do Departamento de Santa Cruz são 5. Como no Brasil, o voto na Bolívia é obrigatório e somente maiores de 18 anos podem participar. Camisetas, bótons, faixas e bandeiras são permitidos no pátio do colégio eleitoral, porém quem for pego fazendo “boca de urna” é detido e liberado somente após o término do pleito.

A comerciante Marta Anze foi cedo garantir o seu voto. “Já tenho um partido que me simpatizo e escolhi um candidato desta legenda. Espero que ele ganhe e garanta melhorias para o nosso povo que já é muito sofrido. Precisamos de ruas asfaltadas e limpas, queremos atender aos turistas que chegam aqui com uma cidade bonita, quem vem aqui tem a impressão que está tudo abandonado, o que não pode acontecer”, comentou.

Já para o motorista Orlando Gabriel Sejas, que declara ser a favor do partido de Evo Morales, o que precisa terminar no município é o tráfico. “Temos que combater o narcotráfico e também de armas. As drogas passam tranquilamente aqui e vemos muitos carros roubados no Brasil aqui em nossa cidade. Assim fica parecendo que todos nós bolivianos somos bandidos, o que não é verdade”, salientou ao Diário.

Contando os referendos, esta é a sexta votação que passa o governo do presidente Evo Morales em pouco mais de quatro anos. Neste pleito o governante boliviano pretende fortalecer o seu partido, o Movimento para o Socialismo (Movimiento al Socialismo, MAS). As urnas serão fechadas às 17h. Um resultado prévio deve ser divulgado ainda esta noite.

O maior colégio eleitoral está no departamento de La Paz (1,5 milhão de votos); depois aparecem os estados de Santa Cruz (1,2 milhão); Cochabamba (939 mil); Potosí (367 mil); Chuquisaca (272 mil); Tarija (264 mil); Oruro (253 mil); Beni (189 mil); e Pando (43 mil).

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