Frio e férias provocam baixa de estoque de sangue; Hemosul apela aos voluntários

A queda de temperatura dessa última semana diminuiu as doações de sangue em 75% no Hemosul; O banco armazena apenas 50% de bolsas

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A queda de temperatura dessa última semana diminuiu as doações de sangue em 75% no Hemosul; O banco armazena apenas 50% de bolsas

Consciência, ajuda e salvação. São essas as palavras que definem o ato de doar sangue, que em determinados períodos do ano as pessoas acabam se “esquecendo”, como é o caso do inverno, que coicide com o período de férias. Com a baixa no voluntariado, os estoques dos hospitais e do Hemosul (Centro Hematologia Hemoterapia de Mato Grosso do Sul) ficam comprometidos.

Com a chegada de uma massa de ar sobre Mato Grosso do Sul na semana passada, ficou visível a importância dos voluntários para que o atendimento à população continue. Poucas pessoas procuraram o Hemosul para fazer doações de sangue e o resultado é a baixa de tipo sanguineos que são considerados comuns como, por exemplo, o O+ e O-.

Segundo a assessora de comunicação do Hemosul, Mayra Beatriz Franceschi, durante os dias de frio, as coletas caíram 75%. “Nos dias quentes, em média são coletadas entre 120 e 150 bolsas ao dia, e por causa da queda de temperatura este número caiu para 50”, comenta.

A assessora explica que é comum diminuir o número de doações no frio, e aproveita para fazer um apelo à população. “Tem que existir um esforço. Doar sangue é um ato muito bonito. Saber que você pode salvar várias vidas é uma ação muito gratificante”, comenta. Mayra também espera que a partir desta semana, em que as temperaturas voltam a subir na Capital, o estoque do centro seja restabelecido.

O período de férias é outro agravante para a diminuição dos estoques do Hemosul. As pessoas acabam viajando e não procuram os centros de coleta. Porém, estatísticas históricas mostram que aumenta o número de acidentes, em especial de trânsito. Daí a preocupação: aumento da necessidade e baixa nas coletas.

Como proceder para doar

Atualmente, o hemocentro está com mais necessidade nos tipos sanguíneos: B+, B-, A- e O-. Para doar, a população precisar pesar no mínimo 50 quilos; ter de 18 a 65 anos; não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12h; apresentar um documento oficial com foto e estar bem alimentado, ao contrário do que as pessoas pensam que a doação deve ser feita em jejum.

Para quem nunca doou Mayra explica que é simples, basta ir até ao Hemosul e realizar gratuitamente, exames relativos à identificação de doenças transmitidas pelo sangue como, por exemplo, HIV. Ela ressalta ainda, que não existe nenhum tipo de risco no ato da coleta. “Tudo aqui é descartável. Nosso maior cuidado é com o sangue do doador que deve ser de qualidade para quem vai recebê-lo”, conclui.

Um exemplo de solidariedade

É desta fora que o militar Éder Vargas, 48 anos, pensa. Enquanto ele fazia a doação, disse a reportagem do Midiamax que se conscientizou depois que soube do baixo estoque de sangue que existe no centro. “Deve ser o frio que inibe as pessoas de vir doar. Não custa nada ajudar ao próximo”, disse.

Nesta semana o Midiamax noticiou o caso de Ewerton Márcio dos Santos Leite, 38 anos, fotógrafo da Stock Car e ex-assessor da Federação de Automobilismo de Mato Grosso do Sul. O rapaz vai ser submetido a uma cirurgia no final deste mês e precisa de doações até o dia 23. Seu sangue é o O+, porém pode receber doação de qualquer tipo.

Para contribuir com este caso, é necessário que o doador vá até o Hemosul, e informe o seu nome completo de Ewerton.

Campanhas

Com a intenção de aumentar e manter o estoque de sangue do Hemocentro, uma equipe de profissionais vai coletar sangue em diversas cidades do interior do Estado e na Capital.

Confira a programação:

31/07 – São Gabriel do Oeste – das 7h às 16h

05/08 – Prefeitura Municipal de Campo Grande – das 7h às 13h

07/08 – Ribas do Rio Pardo – das 7h às 16h

28/08 – Aquidauana – das 7h às 16h

 

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