A queda de braços entre pecuaristas e frigoríficos pelo preço da carne bovina deve refletir no valor final do produto para o consumidor de Mato Grosso do Sul. Os produtores do estado limitaram as vendas de animais com a tendência de aumento no preço da arroba do boi, que passou dos R$ 100 reais na última semana.

Agora, a Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne de MS (Assocarnes) anunciou que vai reduzir para uma semana o prazo de pagamento da carne bovina vendida aos supermercados de MS.

A queda de braços entre pecuaristas e frigoríficos pelo preço da carne bovina deve refletir no valor final do produto para o consumidor de Mato Grosso do Sul. Os produtores do estado limitaram as vendas de animais com a tendência de aumento no preço da arroba do boi, que passou dos R$ 100 reais na última semana.

Agora, a Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carne de MS (Assocarnes) anunciou que vai reduzir para uma semana o prazo de pagamento da carne bovina vendida aos supermercados de MS.

A medida é uma tentativa de conter a elevação no preço, e pode causar a diminuição nas promoções feitas ao consumidor final. Os prazos praticados antes, de 15 a 28 dias, possibilitavam aos supermercadistas promover a venda com margens de lucro menores e ganhar no giro do estoque.

Os produtores acham que a medida, passado o impacto inicial, deve ser benéfica para toda cadeia produtiva da carne. Com o fim das vendas a prazo, diminui as chances de prejuízos com as falências de frigoríficos. O setor produtivo, inclusive, lançou no ano passado uma campanha em defesa do pagamento à vista para os fornecedores.

Agora, a decisão dos frigoríficos transfere para o varejo a diminuição no prazo. A mudança coincide com o momento de alta vertiginosa do preço da arroba do boi gordo. Do começo do ano para cá, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as altas acumuladas já são de 39%.

Somente no mês passado o aumento no preço da arroba foi de 14%, atingindo o maior valor já registrado, de R$ 107,60 no mercado paulista. Até então, o maior valor real do indicador era o registrado em 11 de novembro de 1999, na marca de R$ 106,01.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em nota oficial emitida ontem (27), explicou que o aumento generalizado no preço da carne está ligada à diminuição de animais de reposição por causa do abate excessivo de matrizes dos últimos anos. (Com informações da CNA)