Délia Godoy Razuk (PMDB), prefeita de Dourados, a 250 km de Campo Grande (MS), afirma que a lista de irregularidades encontradas na administração municipal aumenta a cada nova auditoria realizada. Délia foi empossada há 24 dias, depois de a Polícia Federal (PF) pender, em setembro, todo o comando da cidade – o prefeito Ari Artuzi (sem partido), seu vice e toda a Mesa Diretora da Câmara Municipal. Segundo ela, administrar a cidade nestas condições é conviver com uma rotina de “surpresas e situações inusitadas”. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Investigações da PF indicam a existência de um suposto esquema que desviava recursos de contratos firmados pela prefeitura. “Estamos fazendo uma radiografia geral na cidade, e, todos os dias, recebo levantamentos mostrando irregularidades”, disse a prefeita. Ela foi a única, entre os 12 vereadores da Câmara Municipal, a não ser denunciada pelo Ministério Público por suspeita de envolvimento no esquema que, segundo a PF, fraudava licitações e desviava verbas públicas. Um dos levantamentos feitos pela prefeitura descobriu uma injustificada compra de mais de cem liquidificadores pela Secretaria de Saúde. Os aparelhos foram comprados com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e estão há quase dois anos sem uso no almoxarifado da secretaria.