Fim de IPI reduzido leva demanda por crédito a patamar recorde

A demanda do consumidor por crédito cresceu 18,3% em março em relação a fevereiro, de acordo com os dados da Serasa Experian divulgado nesta segunda-feira, levando o indicador a atingir o patamar recorde, considerando a série iniciada em janeiro de 2007, superando o valor máximo anteriormente registrado, em maio de 2008. Segundo os economistas da […]

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A demanda do consumidor por crédito cresceu 18,3% em março em relação a fevereiro, de acordo com os dados da Serasa Experian divulgado nesta segunda-feira, levando o indicador a atingir o patamar recorde, considerando a série iniciada em janeiro de 2007, superando o valor máximo anteriormente registrado, em maio de 2008.

Segundo os economistas da Serasa, além da quantidade maior de dias úteis em março contra fevereiro –23 ante 18–, os consumidores aproveitaram o último mês de vigência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido em determinados produtos (automóveis, móveis e linha branca) para ir às compras usando as facilidades de financiamento.

Além disso, a redução da inadimplência e a evolução da massa real de rendimentos foram alavancas importantes para o crescimento do crédito, observado já há alguns meses.

No confronto com março do ano passado, a demanda do consumidor por crédito avançou 32,5%, registrando recorde histórico da taxa anual de crescimento. Vale lembrar, no entanto, que a base de comparação é fraca devido aos efeitos da crise mundial no Brasil naquele período.

O nível da procura do consumidor por crédito havia registrado, naquele mês, o menor patamar para um mês de março desde 2007. Também devido a essa conjuntura, a demanda do consumidor teve forte expansão (21,6%) no acumulado do primeiro trimestre.

Renda

Todas as faixas de rendimento pessoal mensal apresentaram elevações, com destaque para os extremos da pirâmide social. Os consumidores com renda abaixo de R$ 500 apresentaram alta na procura por crédito de 32,9% no mês passado ante fevereiro. Já aqueles com renda entre R$ 5.000 e R$ 10.000 ampliaram em 32,8%, e os que ganham mais de R$ 10.000 registraram acréscimo de 32,2%.

No acumulado do primeiro trimestre, os consumidores de baixa renda registraram a menor taxa de crescimento da demanda por crédito (18,4%). Já o maior percentual foi contabilizado na alta renda (acima de R$ 10.000 por mês), com expansão de 31,9%.

Região

Em março, o Nordeste foi a região com maior crescimento da procura dos consumidores por crédito (21,0%), seguido de perto por Sul (20,8%), Norte (19,2%) e Sudeste (18,5%). No Centro-Oeste, a expansão foi bem menor (7,6%), mas, na análise considerando o primeiro trimestre, a região apresenta a segunda maior taxa de crescimento (22,2%), ficando atrás apenas do Sudeste (23,2%).

O indicador considera uma amostra de 11,5 milhões de CPFs consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian.

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