Filme sobre ícone da cultura japonesa será exibido na Capital

O Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – realiza neste sábado (28), às 19h30, no teatro Dom Bosco, na Capital, a exibição documentário “Misora Hibari Film Concert” sobre a carreira da cantora japonesa Misora Hibari, com entrada franca. Misora Hibari é um ícone da música japonesa que atuou ininterruptamente dos […]

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O Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – realiza neste sábado (28), às 19h30, no teatro Dom Bosco, na Capital, a exibição documentário “Misora Hibari Film Concert” sobre a carreira da cantora japonesa Misora Hibari, com entrada franca.

Misora Hibari é um ícone da música japonesa que atuou ininterruptamente dos seis aos 52 anos, mantendo uma inabalável popularidade, sendo agraciada pelo governo japonês com o prêmio de Honra ao Mérito ao Cidadão por ter ela persistido na dedicação sincera ao mundo da canção popular do pós-guerra, proporcionando ao povo japonês o sonho e a esperança através da canção popular.

Foram mais de 1.160 canções gravadas e 40 milhões de discos vendidos, além de participar de 165 filmes como atriz e 230 apresentações em teatro, sendo tratada como uma verdadeira superstar pelo público japonês.

A carreira

Desde os seis anos, com o ingresso do pai no Exército, ela cantava em suas visitas para confortá-lo. Em 1945, seu pai constituiu a banda Misora, com a qual passou a cantar em teatros. Seu nome artístico, nessa época, era Misora Kazue. Em 1946, participou do concurso de calouros da rede de televisão japonesa NHK, mas, por ter assumido comportamento de adulta apesar de ser criança, foi rejeitada e eliminada. Em 1949, atuou pela primeira vez no cinema e gravou seu primeiro disco.

Em 1950, realizou apresentações no Havaí, que foram um grande sucesso. Em 1952, a canção Ringo Oiwake, tema da radionovela “A menina do pomar de macieiras”, também estourou, com mais de 700 mil discos vendidos. Em 1954, teve a sua primeira participação no quinto Kohaku Utagassen (competição entre equipe masculina e feminina de cantores realizada tradicionalmente no dia 31 de dezembro pela NHK). Em 1957, durante a sua apresentação em Asakusa, Tóquio, sofreu um atentado por um fã, que lhe atirou ácido sulfúrico, mas seu ferimento foi leve, recuperando-se totalmente em três semanas.

Em 1960, conquistou o prêmio Nippon Record Taisho (The Japan Record Awards), na categoria canção, com Aishu Hatoba. Em 1965, ganhou o Grand Prix do sétimo Nippon Record Taisho, com a canção Yawara. Em 1969 e 1970, realizou com sucesso uma turnê pelo Brasil, lotando o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

A partir dos anos 1970, não teve grandes sucessos, mas seu repertório não se limitou somente a enka (canção popular caracterizada pela melancolia) ou kayokyoku (canção popular). Ela dominava também mambo, pop, jazz e até ária de ópera, atuando de forma intensa em televisão, concertos, palcos, sendo novamente reconhecida por profissionais de cada área. Foi uma pessoa de múltiplas habilidades, como atriz de cinema, atriz de teatro, mestre em dança tradicional japonesa, alémd e tocar muito bem shamisen (instrumento de corda) e hogaku (música tradicional japonesa).

Faleceu em 1989, sem satisfazer o desejo de retornar ao Brasil para fazer mais shows. Sendo assim, seu filho, Kazuya Kato, resolveu apresentar em várias cidades do Brasil a turnê do filme, com projeção em formato digital de alta qualidade, que enfoca a trajetória da cantora e reúne suas mais significativas interpretações.

Serviço

Exibição do documentário Misora Hibari Film Concert

Data: 28 de agosto

Horário: 19h30

Local: Teatro Dom Bosco – Avenida Mato Grosso, 227 – Centro – Campo Grande

Informações: Associação Esportiva Cultural Nipo Brasileira de Campo Grande Fone (67) 3324-4160

Com informações do Portal Nippo Brasil

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