Filme baseado em obra de Augusto César Proença é rodado em Corumbá

Desde o último sábado, 25 de setembro, uma equipe de filmagens está gravando, em Corumbá, o filme “O Caso de Juanita”, cujo roteiro é baseado no conto homônimo do escritor corumbaense, Augusto César Proença. “Ele traz a história de uma senhora, Juanita, de 30 anos, uma mulher que é casada com um senhor mais velho. […]

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Desde o último sábado, 25 de setembro, uma equipe de filmagens está gravando, em Corumbá, o filme “O Caso de Juanita”, cujo roteiro é baseado no conto homônimo do escritor corumbaense, Augusto César Proença.

“Ele traz a história de uma senhora, Juanita, de 30 anos, uma mulher que é casada com um senhor mais velho. Ela era uma senhora bipolar, digamos assim, ela só ficava contente, satisfeita na época de São João quando ela saía, brincava, ia para as festas, mas no resto do ano ela ficava muito tristonha. Como era bipolar, toma muito remédio, ela tem atrito com o marido e isso gera uma situação que, evidentemente, não vou poder contar porque senão a história vai perder a graça”, descreveu Augusto César Proença.

“É um conto quase inédito porque uma vez publiquei-o em Corumbá, mas acho que ninguém leu, porém agora com o audiovisual, que é uma coisa chamativa, as pessoas vão ver. O Reynaldo fez um roteiro muito interessante, ele mudou muita coisa”, disse Proença ao se referir ao trabalho de roteirização que o diretor Reynaldo Paes de Barros fez em cima de sua obra.

O diretor explicou que das duas páginas e meia do conto original, o roteiro final somou 24 páginas. “O filme é narrado pelo filho da melhor amiga dela (Juanita) na cidade, mas eu estendi o conto que tem uma certa verve carioca, pois o Augusto morou muitos anos no Rio de Janeiro, então você percebe isso quando lê o conto que é uma linguagem literária, você narra um acontecimento. Agora, pra fazer um filme, a gente precisa de personagem, de um pouco de história e de conflito, ampliei bastante, mudei o personagem”, revelou ao lembrar que teve contato com a obra do escritor corumbaense ao produzir outro projeto de audiovisual.

Reynaldo destaca que essa é uma produção própria e que aposta no resultado que deve ser visto ainda este ano. “É minha produção, é claro, tive a colaboração de um monte de gente aqui de Corumbá, o próprio Augusto César Proença, o Salim Haqzan, o presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Carlos Porto. De resto, os atores são todos profissionais e pagos. Não é uma produção cara porque eu tenho equipamento, eu adaptei, estou fotografando, estou dirigindo o filme, mas você sabe, o custo de locomoção, logística não é brincadeira, mas eu acho que vai dar um bom filme, eu tenho realmente uma boa história, eu tenho excelentes atores”, disse o diretor que escreveu seu nome na história do cinema regional quando em 1971, fez o primeiro longa-metragem colorido no Pantanal. O título: “Pantanal de Sangue” que, aliás, ficou vários dias em cartaz num cinema de Corumbá.

Alta definição

Todas as sequências de cenas estão sendo gravadas em vídeo de alta definição o que, segundo o diretor, permite a transferência para o formato de 35 milímetros, usado em projeções das salas de cinema do país e do mundo.

“É gravação, não é filmagem, inclusive uma linguagem nova pra mim porque trabalhei 40 anos com filme, com película e, nos últimos três anos, estou fazendo mais vídeo”, explicou Reynaldo que também gravou tomadas durante festejos juninos no dia 23 de junho deste ano. Conforme ele, essas cenas serão misturadas a outras produzidas esta semana, gerando um resultado com cerca de 30 minutos de duração.

O diretor Reynaldo ainda revelou projetos futuros. “O que eu pretendo fazer aqui é um longa-metragem, no final do ano que vem e a história se passará nos dois estados: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Então, essa filmagem do Caso de Juanita vai ser um cartão de visitas para o que eu quero fazer aqui depois, pois esse longa, evidentemente, vai necessitar de financiamento”, ressaltou ao citar que o roteiro já está pronto e leva sua assinatura.

O Caso de Juanita deve ser finalizado em cerca de dois meses, após as gravações, e exibido em Corumbá tão logo uma cópia seja feita. É o que assegura o diretor. “Tendo uma versão, uma cópia, venho mostrar aqui na cidade.”

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