FHC soltou membro das Farc, diz Dilma

Em entrevista coletiva no final da tarde desta quinta-feira, poucas horas antes do primeiro debate entre os presidenciáveis nas eleições de 2010, a candidata do PT, Dilma Rousseff, mostrou que está bem ensaiada para responder os ataques dos adversários. Questionada sobre a possibilidade de os adversários explorarem no debate o fato de ela ter requisitado […]

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Em entrevista coletiva no final da tarde desta quinta-feira, poucas horas antes do primeiro debate entre os presidenciáveis nas eleições de 2010, a candidata do PT, Dilma Rousseff, mostrou que está bem ensaiada para responder os ataques dos adversários.

Questionada sobre a possibilidade de os adversários explorarem no debate o fato de ela ter requisitado a professora Angela Slongo, esposa do ex-padre e porta voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Olivério Medina, para trabalhar no Ministério da Pesca, Dilma respondeu que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso libertou um membro do grupo guerrilheiro preso no Brasil.

“É bom a gente lembrar, e basta fazer uma pesquisa nos jornais, quantas vezes a oposição recebeu as Farc. Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se não me engano, soltou o marido desta senhora. Foi ele que soltou”, disse Dilma.

Medina, que é acusado de homicídio com finalidades terroristas na Colômbia, foi preso pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR) em 2000 e solto no mesmo ano, durante o governo de Fernando Henrique.

“Eu não vou ficar usando estes fatos para ficar especulando sobre a relação da oposição com as Farc. Agora se a oposição quer fazer isso acho que é uma atitude que não é correta”, disse Dilma.

A candidata disse que a pesquisa CNT/Sensus que aponta vantagem de 10 pontos sobre o rival José Serra (PSDB), traz otimismo mais pela evolução do que pelo resultado, mas desautorizou integrantes de sua equipe a falarem em vitória no primeiro turno.

“A pesquisa é interessante muito mais pela tendência do que pelo resultado. Mas a gente tem que ter muita cautela.Como tendência de crescimento é uma situação que a gente considera obviamente com otimismo. Mas isso não vai autorizar ninguém na minha campanha a subir no salto alto ou entrar no oba-oba do já ganhou, pelo contrário. Não acho bom para a minha campanha que a gente coloque essa questão de ganhar no primeiro turno”, disse Dilma.

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