Fenaban faz nova proposta e bancários podem abandonar greve

Reajuste de 7,5%, será discutido em assembleias na quarta-feira (13) pelos bancários. Trabalhadores exigem 11% de aumento.

Em greve há 13 dias, os bancários de todo o país deverão decidir em assembleias se aceitam a nova proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

A entidade ofereceu aos grevistas a proposta de reajuste de 7,5%, com aumento real de 3,08%, para os que ganham até R$ 5.250. Para os bancários com salário maior do que isso, a proposta prevê uma parcela fixa de R$ 393,75 ou correção de 4,29% de acordo com a inflação.

A maioria das assembleias deve ocorrer na quarta-feira (13). As negociações entre os bancários e a Fenaban foram retomadas hoje (11), após a rejeição da proposta apresentada no último sábado (9).

A proposta apresentada pela Fenaban também prevê elevação de 7,5% nos vales e auxílios, valorização do piso eu uma PLR maior. Também está prevista uma cláusula de combate ao assédio moral e a implementação de um canal de denúncias para casos de assédio.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, considera o índice de reajuste oferecido insuficiente. Os bancários reivindicam revisão salarial de 11%.

Efeitos da greve

Com os bancos em greve, a população recorreu às casas lotéricas e cartórios para pagar contas. Mas no primeiro dia de paralisação em Campo Grande, dois bandidos assaltaram vários clientes do Cartório do 1º Ofício de Protesto na rua 7 de Setembro. As vítimas reclamaram que não puderam pagar títulos nas agências bancárias e ficaram expostas à insegurança.

Outro problema é a sobrecarga de atendimentos nas lotéricas: com mais filas, a segurança foi reforçada em algumas lojas. A maior parte das contas pode ser paga nas lotéricas, mas o limite para cada documento é de R$ 1 mil. Além disso, títulos vencidos não podem ser quitados. ´

(Com informações da Agência Brasil)