Fazendeiro Bida é condenado pela morte da missionária Dorothy Stang

O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos de prisão pela morte da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang. O júri considerou o homicídio duplamente qualificado, pois houve promessa de recompensa e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, foi considerado mais um agravante, já que […]

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O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado a 30 anos de prisão pela morte da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang. O júri considerou o homicídio duplamente qualificado, pois houve promessa de recompensa e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, foi considerado mais um agravante, já que vítima era idosa – Dorothy estava com 73 anos na época do assassinato.

O juiz Raimundo Moisés Flexa falou que Bida tinha uma personalidade “perversa e covarde” e que ele ajudou a matar “uma anciã indefesa”. Ainda segundo Flexa, os atos do fazendeiro “negam a própria racionalidade humana”.

A condenação foi dada por maioria dos votos. A defesa de Bida afirmou que deve recorrer utilizando o argumento de cerceamento de defesa.

Seis tiros

A missionária foi morta por dois pistoleiros com seis tiros, numa estrada de terra de Anapu (PA), em fevereiro de 2005. Tinha 73 anos. Ela defendia os direitos de pequenos produtores rurais da região de Altamira (PA) e denunciava crimes ambientais e fundiários, como a grilagem de terra.

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