Famílias de bebês trocados abrem mão das filhas biológicas

Duas famílias que tiveram seus bebês trocados na maternidade abriram mão das filhas biológicas e hoje convivem em harmonia em Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste do Paraná. As meninas, hoje com 14 anos de idade, foram adotadas pelos pais de criação. Maria Pereira da Silva e o marido José Silva desconfiaram da troca dos […]

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Duas famílias que tiveram seus bebês trocados na maternidade abriram mão das filhas biológicas e hoje convivem em harmonia em Santa Terezinha de Itaipu, no Oeste do Paraná. As meninas, hoje com 14 anos de idade, foram adotadas pelos pais de criação.

Maria Pereira da Silva e o marido José Silva desconfiaram da troca dos bebês ainda na maternidade. Danielle tinha a pele e os olhos claros, diferentemente do casal. “Falei para o meu marido que ela não era nossa filha. Mas como éramos humildes e não sabíamos de nada, saímos do hospital com a criança no colo”, recorda Maria.

Durante sete anos, o casal juntou dinheiro para pagar um exame de DNA. Nesse meio tempo, a família Silva enfrentou muito preconceito. “O pessoal falava que eu tinha traído o meu marido e que ele estava cuidando da filha de outro homem”, diz a mãe de Danielle.

Com o resultado do exame em mãos, Maria e José começaram uma busca pela filha biológica. Por dois anos, eles procuraram crianças nascidas no mesmo dia e local que Danielle. Cerca de dez famílias foram contatadas até que o casal chegou em Francielle.

A menina, morena, assim como os pais biológicos, estava sendo criada por Ana Maria e o marido. “A família do meu marido é morena. Ele é filho de baiano. Então pensei que a Francielle tivesse puxado para ele”, explica Ana Maria.

“Eu só ó queria a união das famílias”, disse José Silva.

E assim aconteceu. No entanto, os dois casais optaram por não destrocar as crianças. Legalmente, eles abriram mão das filhas biológicas e adotaram as meninas que criaram sem saber a verdade por sete anos.

“Deixei bem claro que eu só queria saber onde estava minha filha biológica, mas jamais entregaria a Danielle”, contou Maria.

“Criei a Francielle como filha biológica. Amamentei e troquei fraldas. Tenho amor por ela”, emenda Ana Maria.

Hoje, as duas famílias moram próximas e fazem planos juntas. “A gente cria amor pela família que a gente tem. E como dizem, mãe é quem cria”, afirmou Danielle. “As duas são as minhas mães”, pondera Francielle.

“Acho que foi coisa do destino. Francielle é minha e ninguém tira. Só quando ela casar”, finaliza Ana Maria.

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