O velório do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, morto na quarta-feira de ataque cardíaco, deve terminar às 10h locais (11h de Brasília pelo horário de verão. Emocionados, os argentinos lotaram os arredores da Praça de Maio, em frente à Casa Rosada,  e chegaram a ficar dez horas na fila para ver o corpo do peronista.

Após o fim do velório, o corpo vai ser levado a Río Gallegos, na província sulista de Santa Cruz, onde ele nasceu e começou sua carreira política, para ser enterrado. A expectativa é que o enterro ocorra por volta do meio dia em uma cerimônia privada da família, com a presidente Cristina Fernández de Kirchner à frente.

Os quarteirões próximos à Casa Rosada estavam lotados de gente, e os angentinos gritavam e cantavam como se estiverem em um jogo de futebol. Os vendedores ambulantes aproveitaram a reunião de gente para faturar.

Cerca de 60 pessoas passaram mal, segundo Guillermo Aielo, que chefiava os atendimentos de emergência.

A maioria dos casos foram de queda de pressão, desmaios e dores e ocorreram por volta do meio dia, quando a temperatura superou os 30 graus centígrados.

Cristina apareceu no velório acompanhada dos filhos Máximo, de 32 anos, e Florencia, de 19. Foi sua primeira aparição pública após a morte do marido e parceiro político. Ela se recolheu durante a noite.

Na quinta-feira, o velório foi prestigiado pelos principais presidentes latino-americanos: Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), José Mujica (Uruguai), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Sebastián Piñera (Chile).

Lula disse que Kirchner, mais que um presidente, “era um companheiro”. Ele ressaltou o papel dele no processo de reaproximação diplomática entre Brasil e Argentina.

O craque Diego Maradona também foi ao enterro e, emocionado, deu seu apoio à presidente.