Evento na Capital debate violação de direitos sexuais de crianças e adolescentes
Hoje e amanhã a Capital recebe o colóquio regional “Atendimento de crianças e adolescentes em situação de violação de direitos sexuais”, que conta com a participação de profissionais na área de assistência social, judiciário, de saúde e educação. O evento organizado pela Circo [Comissão interestadual permanente de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças […]
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Hoje e amanhã a Capital recebe o colóquio regional “Atendimento de crianças e adolescentes em situação de violação de direitos sexuais”, que conta com a participação de profissionais na área de assistência social, judiciário, de saúde e educação.
O evento organizado pela Circo [Comissão interestadual permanente de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes na região Centro-Oeste], tem como objetivo principal debater as políticas de atendimento às crianças e adolescentes envolvidos em situação de exploração sexual.
De acordo com a assistente social Estela Márcia Escandola, diretora do Instituto Brasileiro de inovações pró-sociedade saudável [Ibiss] o evento acontece para a troca de experiência entre pessoas que trabalham diretamente com o assunto.
“Quando a polícia encontra a polícia encontra uma criança ou adolescente em situação de risco o que é feito? Será que nos preocupamos com a vítima ou apenas em penalizar o violador? O que efetivamente acontece com a vítima?”, questiona a organizadora.
Segundo ela, muitas vezes quando uma criança ou adolescente é acessado por uma política pública a vida dela piora. “Ela passa a ser exposta, apontada ou mesmo expulsa da escola. Se for homossexual ou travesti não é possível abrigar pois os abrigos não estão preparados para receber esses adolescentes”, indica.
O grupo não trabalha com números, para eles um ou vários casos devem ser tratado com a mesma importância. Segundo Estela, é preciso um trabalho amplo de conscientização e prevenção social.
“A questão é saber como enfrentar a situação, não em buscar quantas vítimas, mas sim como elas serão atendidas. Os números imobilizam, a pesquisa quantitativa é importante só que ela dá os números, mas não o que fazer com esses números”,
Um dos grandes problemas é a maneira como as pessoas muitas vezes encaram o problema, pois para ela ainda há o costume de culpar a criança que é explorada.
“A sociedade inclusive responsabiliza a vítima pela situação que ela está exposta e de certa forma é mais condescendente com a exploração sexual e hoje estão até banalizando o conceito de pedofilia, que é um distúrbio”, explica.
Para Rosana França, representante do Comitê nacional de enfrentamento a violência sexual contra criança e adolescente, a questão é muito ampla e deve ser debatida como política pública de prevenção e enfrentamento.
“Essas discussões são importantes para levantar o que está ou não dando certo no trabalho. O que está dando certo nós vamos reforçar e o que não traz resultados é preciso repensar”, reflete.
Ela que trabalha em Olinda (PE) acredita que a principal questão a ser trabalhada após o fato é a proteção da vítima para que não haja reincidência. “Mas o trabalho da prevenção ainda é o melhor a ser feito. Mais do que atender uma criança ou adolescente vítima de exploração sexual, devemos zelar para que ela não tenha que sofrer a situação”, define.
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