Duas estudantes de Mato Grosso do Sul escaparam por pouco das enchentes que ilharam vários turistas em Machu Pichu, no Peru.

As estudantes que começaram a aventura no início do ano passando pelo tradicional “trem da morte” em Porto Quijaro na fronteira com a cidade sul-mato-grossense de Corumbá saíram do Peru quase uma semana antes das enchentes que mataram ao menos dez pessoas nos últimos dias.

A acadêmica de jornalismo da UCDB, Laís Camargo tranqüilizou amigos e familiares ao avisar que está bem, e não passou pela enchentes quando retornava do Peru na semana passada.

“Nós estamos bem, estamos na Bolívia faz uma semana, mas uns amigos que conhecemos no trem estão lá e dizem que não tem comida direito. Tá bem feia a coisa lá, mas o governo está se mexendo, o acesso é bem difícil”, relata Laís.

Outra estudante que faz mochilão com Laís, é a estudante da UNESP Thady Martinelli.
“A gente não pegou essa situação lá por muito pouco, mas uns brasileiros que a gente conheceu por lá pegaram. Graças a Deus está tudo bem comigo e com o pessoal que está comigo. Estou em Santa Cruz de la Sierra (BOL), estou voltando pro Brasil, provavelmente até sexta eu chego em Campo Grande”, conta a estudante.

De acordo site nacionais a retirada dos turistas ilhados pelas chuvas que caíram em Machu Picchu, recomeçou hoje em meio aos protestos de turistas que pernoitaram em seus hotéis e que supostamente foram impedidos de entrar na área de decolagem dos helicópteros.

Com melhores condições meteorológicas, pelo menos três helicópteros chegaram antes das 10h locais (12 MS) a Machu Picchu para retirar turistas. As autoridades peruanas confiam na retirada de cerca de 800 pessoas.

Mesmo assim, há reclamações. A turista espanhola Josefina Armental disse hoje à Agência Efe por telefone que forças da ordem impediram turistas de entrar na estação de trem de Machu Picchu, onde os helicópteros que retiram turistas estão pousando.

Armental contou que ela e muitos outros turistas combinaram com as autoridades que passariam a noite em seus respectivos hotéis, em vez de dormir nos vagões do trem, e que retornariam de manhã para serem retirado pelos helicópteros. Mas, ao retornar, foram surpreendidos ao não poder entrar.

“Os militares pegaram o poder, as contagens (prévias) foram jogadas no lixo”, disse a espanhola de 48 anos ao reclamar de que ela estava no vagão onde estavam hospedados aqueles que deveriam viajar nos próximos voos.

O ministro de Comércio Exterior e Turismo do Peru, Martín Pérez, disse que se espera retirar hoje cerca de 800 turistas. Desde segunda-feira, mais de mil pessoas já deixaram a região de Machu Picchu.

A estimativa é de que ainda há 670 turistas, 100 guias e 700 carregadores no Caminho Inca, onde uma turista argentina e um guia peruano morreram em deslizamentos de terra provocados pelas chuvas.

Com informações do Terra