Estudantes de Medicina lembram aniversário de jovem morta no trânsito com ato pela paz

Márcia Fernandes Henn completaria nesta quinta-feira, dia 11 de março, 25 anos se não tivesse sido mais uma vítima de acidente na Capital. Ela morreu há um mês na UTI (Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa), onde ficou internada desde o dia 3 de fevereiro após um veículo Gol, conduzido por Rui Daniel Nogueira do Amaral, 34 anos, […]

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Márcia Fernandes Henn completaria nesta quinta-feira, dia 11 de março, 25 anos se não tivesse sido mais uma vítima de acidente na Capital. Ela morreu há um mês na UTI (Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa), onde ficou internada desde o dia 3 de fevereiro após um veículo Gol, conduzido por Rui Daniel Nogueira do Amaral, 34 anos, atingir seu carro, um Eco Sport. 

Hoje, amigos e acadêmicos de Medicina fizeram um ato pela paz no trânsito. Ao menos cem jovens protestaram no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Bahia, no Centro de Campo Grande. 

A tragédia aconteceu no cruzamento da Rua Padre João Crippa com Amazonas, no Jardim dos Estados, bairro nobre. Era madrugada de uma quarta-feira e a jovem havia saído da casa de amigos, com quem estudava. 

Naquele instante acabou o sonho da acadêmica de Medicina. Ela estudava para exercer a Pediatria. Márcia, segundo amigos, era dedicada e muito alegre. “Ela era muito divertida, estudiosa. Uma pessoa maravilhosa”, conta Tatiane de Menezes que estudava com Márcia no 5º ano do curso de medicina na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Amaral responde à Justiça em liberdade. 

Paz no trânsito

“Nós aqui não queremos vingança e nem que o acidente passe em branco. Queremos que nossas lágrimas, as da família da Márcia não sejam em vão e sirvam de exemplo para que acidente como este não mais aconteça”, ressaltou Fernanda Versolato, uma das acadêmicas que organizou a manifestação.

A família de Márcia, muito abalada, não participou da manifestação, pois está na casa de parentes que residem no Nordeste.

Para lembrar o aniversário de Márcia e homenagear a tão “amada amiga” todos cantaram parabéns e a aplaudiram com o pedido de paz no trânsito.

O estudante Carlos Fernando Rio Lima Filho acredita que é necessária mais conscientização dos motoristas, principalmente dos que são jovens. “Os jovens vão para balada, bebem e vão embora dirigindo. Isso é um perigo e resulta em graves acidentes”, disse o acadêmico que era amigo de Márcia.

De acordo com o médico do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), Luiz Antônio, que acompanhou a manifestação, a embriaguês ao volante é uma das principais causas de acidente envolvendo jovens em Campo Grande. “Infelizmente é isso é uma realidade que envolve imprudência e impunidade”. Ele defende fiscalização intensa nos restaurantes, bares e postos de gasolina.

A Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) deu apoio para a manifestação controlando o trânsito no local.

A maioria dos jovens que estava no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Bahia, com faixas e panfletos, que pediam paz no trânsito, querem exercer a Medicina, profissão que lida com vidas e mortes. No dia de hoje, os futuros médicos repudiaram a violência registrada nas ruas de Campo Grande.   

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