As apresentações do 17º Espetáculo de Dança, em Corumbá, mostram que a arte do movimento é democrática. Crianças, jovens e adultos demonstraram o que aprenderam durante as aulas da Oficina de Dança do Pantanal ao longo de 2010. O evento foi realizado nas noites de sábado e domingo (11 e 12), no anfiteatro Salomão Baruki, com direito a casa cheia e a vários momentos especiais. A versatilidade de ritmos e coreografias foi apresentada por um elenco misto, formado por quase 500 alunos de várias faixas etárias que puderam mostrar a dança e provar que não existem limitações. Aline e Erick, portadores de necessidades especiais, emocionaram o público durante abertura, provando que a dança torna todos iguais.

“Hoje é o dia mais feliz da minha vida, pois esperei por esse momento por 20 anos. Ela tem muito mais vontade de viver, além de estar mais ativa nas atividades diárias. É uma emoção mostrar que somos capazes e não há limites, que as limitações somos nós que colocamos”, confessou a professora Miriam Bastos de Oliveira, mãe de Aline Kaoli, que há três meses faz parte do projeto.

O elenco infantil encantou o público com as coreografias bem ensaiadas e os figurinos caprichados. A ansiedade de entrar no palco dava lugar a sorrisos e agradecimentos aos aplausos. O aposentado Manoel dos Santos Carvalho se emocionou ao ver a neta. “Ela estava tão linda no palco, parecia uma bailarina daquelas que vemos em filmes. É a primeira vez que a vejo dançando, quero continuar acompanhando”, disse. As mães dos alunos da Oficina de Dança, que participam do projeto por meio do “Como nossos filhos”, também foram uma atração especial, com a coreografia “Dancing Days”, relembrando clássicos das décadas de 70 e 80.

Foram apresentações de vários ritmos, como o balé clássico e contemporâneo, street dance, jazz entre outros. Com elenco misto, a Oficina de Dança encerra as atividades deste ano mostrando a maturidade e a evolução dos dançarinos do projeto. “Mesclamos um pouco porque muita gente não viu a apresentação de setembro, o ‘Corumbá em Dança’. Então, demos essa oportunidade, mostrando que a Oficina de Dança é um marco na história da cultura e da arte locais”, enfatizou Joílson Cruz, coordenador da instituição.