Enfermeiros da Santa Casa pressionam por reajuste e ameaçam entrar em greve

Trabalhadores do maior hospital de Campo Grande votam até amanhã o indicativo de greve; eles pedem 15% de reajuste salarial

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Trabalhadores do maior hospital de Campo Grande votam até amanhã o indicativo de greve; eles pedem 15% de reajuste salarial

Auxiliares de enfermagem e enfermeiros da Santa Casa de Campo Grande, o maior hospital de Mato Grosso do Sul, promovem hoje cedo um manifesto por reajuste salarial de 15%. Os protestos devem acontecer à tarde e amanhã, quando será votado o indicativo de greve. Desde o início do ano passado, a categoria recorre a esse manifesto: param por três horas de manhã, à tarde e à noite, um meio de atrair a atenção dos cerca de mil servidores do estabelecimento.

A presidente do Sindicato de Enfermagem de MS, Helena Delgado, disse que não é intenção dos enfermeiros em entrar greve, contudo, a falta de interesse da administração em negociar com a categoria, daí o protesto pela paralisação.

Dos 950 profissionais que atuam no setor de enfermagem do hospital 250 estão afastados por problemas de saúde. “Uma greve agora vai apenas acarretar a carga horária de alguns companheiros, isso não é bom para a categoria, mas se a direção do hospital não negociar com os trabalhadores, a opção será esta [paralisação]. Em caso de greve, ao menos 30% do efetivo, por regra, cuidam dos casos emergenciais do hospital.

O salário dos trabalhadores da enfermagem varia de R$ 540 a R$ 800, segundo a sindicalista. “Não é só salário que negociamos, brigamos por 43 cláusulas sociais também”, afirmou.

A Santa Casa mudou sua direção na semana passada. O ex-presidente da Casa deixou o cargo para disputar a eleição. “Não queremos esse agasalhamento político, queremos negociar nossos salários”, disse Helena, criticando as frequentes idas de candidatos ao hospital.

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