Enersul cobrava energia indevidamente de assentados

Depois de passar seis anos cobrando de forma indevida o fornecimento de energia elétrica dos assentados que residem nos núcleos urbanos dos assentamentos, finalmente a Empresa de Energia de Mato Grosso do Sul (Enersul) reconheceu (e confessou) o equívoco. Por conta disso, os assentados estão recebendo as contas com valores menores. A empresa só não […]

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Depois de passar seis anos cobrando de forma indevida o fornecimento de energia elétrica dos assentados que residem nos núcleos urbanos dos assentamentos, finalmente a Empresa de Energia de Mato Grosso do Sul (Enersul) reconheceu (e confessou) o equívoco. Por conta disso, os assentados estão recebendo as contas com valores menores. A empresa só não informou se vai devolver o que foi cobrado a mais dos consumidores.

Na verdade a revisão da cobrança começou após denúncias feitas pelo deputado Marquinhos Trad sobre a irregularidade. Nesse trabalho, a empresa ‘descobriu’ que nos núcleos urbanos do Assentamento Itamarati (zona rural) o valor da energia elétrica era cobrado como urbano, e não rural. Ao constatar o equívoco, a concessionária mudou a classe do consumidor de urbana para rural. O valor da conta, em alguns casos, caiu pela metade.

Morando distante cerca de 50 quilômetros de Ponta Porã e sem desconfiar de nada, os assentados pagaram por seis anos a tarifa de energia como consumidor residencial urbano, valor 38% mais caro do que a tarifa de produtor rural. A mudança da tarifa deve ser um alívio para os moradores dos núcleos, que haviam lutado inclusive contra o pagamento de taxa de iluminação pública, inexistente no assentamento.

Os poucos postes com iluminação nas ruas dos núcleos urbanos são mantidos pelos próprios moradores. Hoje esse imposto não incide sobre as contas, mas mesmo assim a cobrança era exorbitante, pelo equívoco na classificação do consumidor. A concessionária enviou uma carta aos consumidores do assentamento, com pedido de desculpas pela cobrança indevida.

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