Endividamento afeta 59,2% das famílias brasileiras neste mês
O percentual de famílias endividadas no país chegou a 59,2% em setembro deste ano, praticamente o mesmo índice registrado no mês anterior, de 59,1%. O dado faz parte da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (16) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A média de famílias endividadas no terceiro trimestre […]
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O percentual de famílias endividadas no país chegou a 59,2% em setembro deste ano, praticamente o mesmo índice registrado no mês anterior, de 59,1%. O dado faz parte da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (16) pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).
A média de famílias endividadas no terceiro trimestre deste ano foi de 58,7%, superior à do segundo trimestre, que foi de 56,9%. De acordo com o economista da CNC Bruno Fernandes, o nível de endividamento do trimestre aumentou devido a um reaquecimento da economia nesse período, depois de uma desaceleração.
“Esse crescimento forte da renda nos últimos meses favorece as pessoas a consumir mais. Também há uma grande oferta de crédito, com seu alongamento, e uma queda das taxas de juros. Mesmo com o aperto monetário do Banco Central, nos últimos meses, não houve uma aceleração tão forte da taxa. Pelo contrário, houve até uma queda. Isso faz com que as pessoas consumam mais”, disse Fernandes.
Segundo a pesquisa, o cartão de crédito é o principal tipo de dívida para 71,5% das famílias que não conseguem pagar suas contas. Outras formas de dívidas são os carnês (24,6%) e o crédito pessoal (10,7%). Apesar do alto índice de endividamento, segundo a pesquisa, apenas 9,0% das famílias não terão condições de pagar suas contas.
Outra pesquisa divulgada hoje pela CNC mostra que a intenção de consumo das famílias brasileiras cresceu 0,6% em setembro. É a quinta alta consecutiva do índice, que fechou o terceiro trimestre com um aumento de 1,7% em relação ao trimestre anterior.
A Pesquisa Nacional de Intenção de Consumo das Famílias mostra que as mais pobres estão mais otimistas com suas intenções de consumo (alta de 0,8% em setembro) do que as mais ricas (queda de 0,8%).
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