Em visita à Cisjordânia, chefe da ONU declara apoio a Estado palestino

A ONU (Organização das Nações Unidas) “apoia com firmeza os esforços para a criação de um Estado palestino viável e independente”, afirmou neste sábado o seu secretário-geral, Ban Ki-moon, durante visita a Ramallah, na Cisjordânia. “Apoiamos firmemente os esforços do Quarteto para o Oriente Médio para estabelecer um Estado palestino”, disse Ban, durante encontro com […]

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A ONU (Organização das Nações Unidas) “apoia com firmeza os esforços para a criação de um Estado palestino viável e independente”, afirmou neste sábado o seu secretário-geral, Ban Ki-moon, durante visita a Ramallah, na Cisjordânia.

“Apoiamos firmemente os esforços do Quarteto para o Oriente Médio para estabelecer um Estado palestino”, disse Ban, durante encontro com o primeiro-ministro palestino Salam Fayad, em Ramallah. O Quarteto, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU.

Ban destacou que o Quarteto dirigiu “mensagem clara e forte” neste sentido e renovou sua condenação à expansão da colonização israelense. “Condenamos firmemente, em nome do Quarteto, as recentes medidas israelenses para estabelecer 1.600 unidades habitacionais numa colônia” de Jerusalém Oriental anexada, reiterou Ban.

O secretário-geral, que visitou colônias judaicas na Cisjordânia, disse ainda que as construções israelenses em terras ocupadas são ilegais e precisam ser interrompidas.

Do morro nos arredores de Ramallah, Ban pode ver o crescimento do assentamento judaico de Givat Zeev, casa de 11 mil israelenses que vivem em casas de telhado vermelho.

O panorama também inclui bairros judaicos na tradicionalmente árabe Jerusalém Oriental, setor que Israel anexou em 1967, sem reconhecimento internacional, e que os palestinos pleiteiam como capital de um futuro Estado.

No começo do mês, israelenses e palestinos concordaram com negociações indiretas, mediadas pelo enviado especial dos Estados Unidos para a região, George Mitchell. O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, suspendeu o esforço como retaliação pelo anúncio israelense de mais 1.600 casas em um bairro de judeus ultraortodoxos em Jerusalém Oriental.

O anúncio causou tensão diplomática entre os EUA e Israel, que foi amenizada após conversas entre a secretária de Estado Hillary Clinton e o premiê Binyamin Netanyahu.

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