O candidato a governador Zeca do PT apresentou propostas para comerciantes e ruralistas de Ponta Porã em reuniões ontem. Zeca se reuniu com os comerciantes na sede da Associação Comercial e Industrial de Ponta Porã. Já com os ruralistas a reunião foi no Sindicato Rural, localizado dentro do Parque de Exposições Alcindo Pereira.

O compromisso de abolir a cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) das micro e pequenas empresas inscritas no Simples Nacional, a criação da Secretaria do Comércio e das câmaras setoriais para discutir medidas específicas que atendam as necessidades de cada região, a refundação da Agesul e a redução da alíquota do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento Rodoviário) foram pontos da fala de Zeca que tiveram mais receptividade junto aos comerciantes e ruralistas.

O candidato assegurou que vai desmembrar a Seprotur (Secretaria de Produção e Turismo), criada por ele e mantida até hoje tal como foi concebida.

A proposta de Zeca é criar três pastas: a Secretaria do Agronegócio, a Secretaria do Comércio e Indústria, e a Secretaria do Turismo.

Também vai refundar a Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos) que foi desativada pelo atual governador, e reaver todo o maquinário comprado durante seu governo e que foi repassado “a custo zero para as empreiteiras de amigos do governador, que fazem obras para o Estado com as máquinas do Estado e cobram caro por isso.”

A Agesul vai retomar a função de apoiar os municípios e os produtores rurais, prestando serviços constantes na manutenção da malha viária, sobretudo nas estradas vicinais que interligam as propriedades com os eixos de escoamento da produção, disse Zeca.

Um pecuarista do distrito de Cabeceira do Apa, que vive ali há mais de 38 anos e pediu para não ter o nome revelado por medo de represálias do atual governador, disse que hoje o setor produtivo é muito desrespeitado. Reclamou da falta de locais para armazenar a produção e da burocracia no serviço de licenciamento ambiental após o fim da Secretaria de Meio Ambiente. Disse ainda que o atual governo não dá incentivos fiscais à classe, e pratica uma política tributária nociva que sufoca o setor.

Como exemplo, o produtor citou o valor da pauta fiscal do milho, de R$ 25 a saca, enquanto o valor real do produto está entre R$ 11 e R$ 13. Mas o governo cobra imposto sobre R$ 25, sem se importar se o produtor consegue ou não vender o produto por esse valor.