Em MS, não existe escola de ensino a distância credenciada

Após denúncias contra a escola Paulistec, de venda de diplomas falsos, a presidente do Conselho Estadual de Educação, professora Maria Luisa Marques Oliveira Robaldo, alertou que em Mato Grosso do Sul não existe nenhuma instituição credenciada de ensino à distância, que ofereçam a formação de 1° e 2° graus.   A professora acredita que outras escolas […]

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Após denúncias contra a escola Paulistec, de venda de diplomas falsos, a presidente do Conselho Estadual de Educação, professora Maria Luisa Marques Oliveira Robaldo, alertou que em Mato Grosso do Sul não existe nenhuma instituição credenciada de ensino à distância, que ofereçam a formação de 1° e 2° graus.  

A professora acredita que outras escolas podem estar aplicando o mesmo golpe da Paulistec. “Nós acreditamos que sim, toda vez que não existe nenhuma instituição de educação à distância, credenciada aqui em MS”.

“Se a empresa for de outro estado, por exemplo, é necessário que a instituição tenha autorização do MEC, e posteriormente, os Conselhos de Educação de cada estado em conjunto, autorizem a abertura da escola”, explicou a presidente do Conselho Estadual de Educação.

Ela junto com o delegado titular da Decon, Adriano Garcia Geraldo, mais o superintendente do Procon-MS, Lamartine Ribeiro, concederam entrevista coletiva nesta tarde, na Delegacia Geral de Policia Civil para esclarecimentos em relação ao Caso Paulistec.

Caso Paulistec

Após o fechamento da Paulistec Curso Preparatório, no último dia 31 maio, foram indiciados o proprietário Mauro De Nápoli, 52, a funcionária Juliana Flores José Prado, 25, o auxiliar administrativo Renato Machado dos Santos, 30, (considerado como “laranja” por ser o suposto proprietário de direito das filiais de Campo Grande e Goiânia-GO) e Andriano Antônio Bazzo, proprietário da escola Ceja Brasil credenciada pelo MEC.

Foram autuadas as funcionárias Débora Cristina Lourenço, 24 e Elaine da Silva Santos de 23 anos.

A escola seria um dos supostos locais (além do Rio de Janeiro), na qual os alunos de Campo Grande teriam de se deslocar para fazer as provas. Porém mesmo sem fazer as provas, alguns alunos receberam diplomas garantindo que a prova foi realmente realizadas por eles.

Os diplomas eram emitidos por três escolas do Rio de Janeiro e uma em Santa Catarina, todas credenciadas junto ao MEC.

Bloqueio de bens

De acordo com a Polícia Civil, o proprietário Mauro de Nápoli está em São Paulo. No último dia 17 de junho, a Justiça bloqueou mais de R$ 2 milhões de reais na conta em nome do “laranja” Renato Machado dos Santos.

“Conseguimos bloquear seus bens, duas horas antes dele [Mauro de Nápoli] tentar retirar uma quantia superior a R$ 2 milhões de reais. Além do bloqueio de bens como nove carros, sendo três de luxo”, explicou o delegado Adriano Garcia Geraldo.

Ressarcimento

Lamartine Ribeiro, superintendente do Procon-MS, afirmou que no próximo sábado [26/06] e também no próximo 3 de julho o Procon fará audiência nos dois dias com cerca de 60 ex-alunos, no intuito de ressarcimento de R$ 18 mil reais.

Cerca de 1.259 alunos já passaram pela Paulistec em Campo Grande, mas apenas 286 procuraram o Procon para serem ressarcidas, destas 234 poderão receber o dinheiro de volta. O total do prejuízo dos alunos nesse dois anos chegam a R$ 630 mil reais.

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