‘É difícil esperar um filho que não chega’, diz mãe de rapaz morto em assalto

Nesta segunda-feira dupla acusada de matar Paulo Henrique, 17, enfrenta a primeira audiência judicial; família da vítima, morta com tiro no coração, prepara protesto que pede justiça

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Nesta segunda-feira dupla acusada de matar Paulo Henrique, 17, enfrenta a primeira audiência judicial; família da vítima, morta com tiro no coração, prepara protesto que pede justiça

“É difícil esperar um filho que não chega. Ele era muito cheio de vida, todo mundo gostava dele”, disse Maria Aparecida dos Santos, mãe do jovem Paulo Henrique Rodrigues, o “Paulinho” que foi assassinado em Campo Grande no último dia 17 de fevereiro após um assalto na mercearia Vidal, que pertence a familiares dele.

Amanhã, segunda-feira (19), a família do rapaz promove um manifesto contra a violência, em frente ao fórum, onde acontece a primeira audiência judicial sobre o caso. Duas mil camisetas com a imagem da vítima foram distribuídas às pessoas que devem atuar no protesto.

No dia do crime, o rapaz, então com 17 anos de idade, trabalhava na bicicletaria de seu padrasto em frente ao comércio. Durante a fuga, Marcelo de Souza Ribeiro, o “Cicatriz”, disparou com uma pistola calibre 45 acertando o coração de Paulinho, que foi levado ao posto de saúde do Coophavilla II, porém não resistiu.

Alessandro da Anunciação, 27, o “Testa”, esperava pelo comparsa numa motocicleta. De acordo com a polícia ele é o dono da arma. Os dois levaram em torno de R$ 600 no assalto. Os dois envolvidos no caso estão presos.

“Eu estava trabalhando naquele momento, o Marcelo desceu da moto, anunciou o assalto, pegou o dinheiro da mercearia, do leiteiro e do rapaz da luz, quando ele saiu gritaram ‘ladrão, ladrão’, quando ele virou para trás e deu o tiro no Paulinho, ele caiu nos braços do meu marido”, conta.

Amanhã (19), será a primeira audiência do caso, mesmo sendo a portas fechadas, a família fará uma manifestação pacífica em frente ao local. “Acredito que mais de duas mil camisetas foram distribuídas”, disse Francisca dos Santos, avó do jovem.

 

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