Dólar tem leve alta; mercado avalia possíveis medidas

O dólar fechou em leve alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando um ajuste no mercado internacional e com investidores atentos a possíveis medidas do governo sobre contratos futuros de câmbio. A moeda americana subiu 0,18%, para R$ 1,666 real. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 1,654, perto dos […]

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O dólar fechou em leve alta ante o real nesta sexta-feira, acompanhando um ajuste no mercado internacional e com investidores atentos a possíveis medidas do governo sobre contratos futuros de câmbio.

A moeda americana subiu 0,18%, para R$ 1,666 real. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 1,654, perto dos menores níveis em mais de dois anos.

No exterior, o euro superou US$ 1,41 pela manhã, em reação às declarações do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, de que há espaço para um estímulo monetário extra. Mais tarde, porém, o movimento retrocedeu, com o euro abaixo desse nível e a moeda americana em alta de 0,5% ante as principais divisas.

Segundo operadores no exterior, tratou-se de um movimento natural de ajuste após semanas de enfraquecimento do dólar.

No Brasil, o câmbio oscilou em linha com o viés internacional. O volume de operações registradas na clearing da BM&FBovespa até pouco antes do fechamento do mercado era de US$ 2,8 bilhões, ante média diária de US$ 3,2 bilhões no mês.

Segundo João Medeiros, diretor da corretora Pioneer, o mercado prestou atenção às declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre uma intervenção adicional no câmbio.

O ministro disse à GloboNews que está monitorando o comportamento do dólar antes de decidir por novas medidas, mas que está “particularmente atento” ao mercado futuro e que pode limitar a alavancagem das empresas e a exposição a risco.

Na quinta-feira, os estrangeiros tinham mais de US$ 16 bilhões em posições vendidas em contratos futuros e de cupom cambial (DDI), indicando uma aposta na queda do dólar.

Reportagem do jornal Valor Econômico, na quinta-feira, afirmava que o governo poderia atuar sobre a margem de garantia para operações de câmbio da BM&FBovespa.

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