Dólar fecha em leve alta após dado sobre emprego nos EUA

A surpresa positiva com dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos abriu caminho para a alta do dólar nesta sexta-feira (5). A moeda norte-americana subiu 0,11%, para R$ 1,680. Com isso, a queda na semana – provocada, em grande parte, pela decisão do Federal Reserve de injetar mais US$ 600 bilhões na economia […]

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A surpresa positiva com dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos abriu caminho para a alta do dólar nesta sexta-feira (5). A moeda norte-americana subiu 0,11%, para R$ 1,680. Com isso, a queda na semana – provocada, em grande parte, pela decisão do Federal Reserve de injetar mais US$ 600 bilhões na economia – diminuiu para 1,35%.

Os Estados Unidos criaram 151 mil postos de trabalho em outubro, mostraram dados do Departamento de Trabalho. A previsão de analistas era de geração de 60 mil empregos. O relatório estimulou a recuperação do dólar no mercado internacional.

A fraqueza do mercado de trabalho é uma das principais razões para o criticado pacote do Fed de estímulo à economia. Na opinião de autoridades de outros países, a medida visa desvalorizar o dólar para que os Estados Unidos se beneficiem no comércio exterior.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaueble, disse que o pacote não resolve os problemas norte-americanos, e o ministro sul-africano, Pravin Gordhan, alertou para efeitos devastadores sobre países em desenvolvimento .

Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o pacote tem efeito ‘duvidoso’. Os líderes do G20 se reunirão na semana que vem (11 e 12 de novembro) para discutir os desequilíbrios da economia global.

No mercado brasileiro, a ausência de notícias manteve o foco no exterior. Na opinião de analistas, o governo só deve tomar novas medidas contra a valorização do real após a reunião do G20. ‘Antes disso acho difícil vir algo’, disse o gerente de câmbio de um banco dealer, que não quis ser identificado.

A atuação do governo no câmbio se restringiu, nesta sexta-feira, aos dois leilões habituais de compra no mercado à vista.

Na quinta-feira, os investidores não-residentes mantinham US$ 16,148 bilhões em posições vendidas em contratos de dólar futuro e cupom cambial, ante US$ 10,238 bilhões no final do mês passado, segundo dados da BM&FBovespa.

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