Dólar fecha a R$ 1,77, menor taxa em quase dois meses

A cotação da moeda americana recuou para o seu menor nível desde 19 de janeiro, acumulando o seu quinto dia de queda somente neste mês. Profissionais do mercado apontam o “retorno” dos investidores estrangeiros à praça brasileira como um dos principais motivos que afetam a formação dos preços. O dólar comercial foi vendido por R$ […]

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A cotação da moeda americana recuou para o seu menor nível desde 19 de janeiro, acumulando o seu quinto dia de queda somente neste mês. Profissionais do mercado apontam o “retorno” dos investidores estrangeiros à praça brasileira como um dos principais motivos que afetam a formação dos preços.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,773, em queda de 0,50%, nas últimas operações de hoje. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,783 e R$ 1,767. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,880, em baixa de 0,52%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra alta de 0,65%, aos 70.029 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,53 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,15%.

Desde o final de fevereiro, profissionais das mesas de operações já acusavam a entrada de investidores estrangeiros, antecipando os IPOs (lançamentos de ações) de empresas brasileiras programados para as próximas semanas.

E nos últimos dois, a Bolsa de Valores recebeu um forte influxo de divisas externas, revertendo a “fuga” desse capital ao longo do primeiro bimestre. Até o pregão do dia 8, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou um saldo positivo (compras de ações superiores às vendas) de R$ 1,48 bilhão.

É esse dinheiro de fora que tem “turbinado” a recuperação do mercado brasileiro de ações, hoje operando relativamente descolado das Bolsas americanas (sua principal referência para os negócios), outra vez mostrando bom volume financeiro.

Entre outras notícias importantes do dia, o Banco Central revelou que chegou a adquirir US$ 797 milhões no mercado à vista, por meio de seus leilões diários, no mês de março (primeira semana). No mês inteiro de fevereiro, a autoridade monetária comprou US$ 350 milhões.

Na primeira semana do mês, o fluxo cambial do país (diferença entre saídas e entradas de dólares) está negativo em US$ 1,2 bilhão.

Juros futuros

No mercado futuro de juros, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas voltaram a subir nos contratos mais negociados.

A FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou inflação de 0,95% no início de março, pela leitura do IGP-M, em sua primeira estimativa do mês. Na abertura de fevereiro, o mesmo índice teve variação de 0,98%. Nesta semana, todos os índices de preços já divulgados mostraram aceleração dos preços.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,92% ao ano para 9,95%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,43% para 10,46%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa projetada aumentou de 11,53% para 1,58%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.

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