Os turistas que vão ao Paraguai fazer compras já estão sendo beneficiados pelas novas regras para mercadorias importadas editadas pelo governo federal e que entraram em vigor no último dia 1º de outubro. Com a nova lei, alguns produtos que antes precisavam ser declarados agora estão livres da exigência, mesmo que ultrapassem a cota de US$ 300 para quem viaja por via terrestre ou de US$ 500 via aérea.

Se a nova lei agradou os brasileiros, os comerciantes paraguaios que já estavam com as vendas em altas, comemoram mais um avanço. Com mais facilidades para adquirir mercadorias eles acreditam que a tendência de agora em diante em aumentar ainda mais os turistas no comércio de Pedro Juan Caballero, cujas vendas já estão aquecidas em virtude da valorização do real frente ao dólar americano.

Só para se ter uma dimensão do aquecimento comercial no lado paraguaio, a estimativa feita pela gerente de Marketing do Shopping China, Mirta Alvarenga, é de que cerca de 35 mil pessoas vão passsar no local no feriadão de finados.

“Neste feriado a expectativas são acima de boas, pois a nossa loja oferece produtos de primeira qualidade e uma diversificação de mercadorias em um local só, além da Praça de alimentação no interior do estabelecimento e segurança. Também estamos muito otimista com relação ao final do ano”, afirmou Mirta Alvarenga. O Shopping China, premiado várias vezes e reconhecido mundialmente, também agrupa no mesmo local o Mega Auto Center, Posto da Petrobrás e o Hipermercado Max.

O presidente da Câmara de Comércio do Paraguai, Khalil El Hage, informou que o comercio de Pedro Juan Caballero vive um bom momento em virtude do poder de compra dos brasileiros. Ele diz que o comércio paraguaio oferece atualmente bons preços e qualidade nas suas mercadorias. “Isso é importante para quem chega aqui para comprar importados. É preciso vender produtos bons para que os turistas retornem novamente”, ressaltou.

Com relação a nova lei editada pelo governo brasileiro, ele diz que será mais um atrativo. “Quanto mais facilidades melhor para quem vai comprar. Produtos pessoais estão mais acessíveis e isso propicia mais segurança para o turista, que já não tem tantos riscos de perder sua mercadoria numa fiscalização nas rodovias da fronteira”.

Bens pessoais

Conforme a lei que entrou em vigor no dia 1º deste mês, câmeras fotográficas, relógios de pulso, celulares, equipamentos reprodutores de áudio ou vídeo portátil e pen drives são considerados bens de uso pessoal e podem ser trazidos do exterior, na quantidade de uma unidade por pessoa, sem serem declarados em formulário de importação de bens. Além disso, foram liberadas até 20 unidades de pequenos presentes que custem menos de US$ 10, desde que não haja mais de dez idênticas, segundo a Receita Federal.

Filmadoras e computadores pessoais, no entanto, ainda precisam ser declarados. Caso a soma destes equipamentos com necessidade de declaração ultrapasse US$ 500 para quem viaja via aérea ou US$ 300 via terrestre, o turista precisa pagar imposto por eles. A lei proíbe a importação de partes e peças de veículos como bagagem, mas permite ao viajante trazer um aparelho de GPS, um aparelho automotivo para reprodução de CD/DVD/MP3, uma antena, alto-falantes e módulos de potência de som automotivo.

Os aparelhos constituem bagagem (ao contrário das partes e peças) e por esta razão podem ser trazidos com isenção dos tributos incidentes sobre a importação de bagagem de viajantes, desde que respeitados os limites quantitativos. Pela nova regra um viajante pode trazer, no máximo, 12 litros de bebidas alcoólicas, dez maços de cigarros com 20 unidades cada um, 25 unidades de charutos ou cigarrilhas e 250 gramas de fumo.