O dólar subiu pelo segundo dia consecutivo nesta segunda-feira (20), em uma sessão marcada pelo volume relativamente pequeno e pela ausência de indicadores relevantes.

A moeda americana terminou o dia a R$ 1,728, em alta de 0,52%.

O volume registrado na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa foi reduzido pelo segundo dia seguido, em cerca de US$ 1,7 bilhão perto do fechamento, ante média de US$ 3,2 bilhões na semana passada.

A alta do dólar foi definida na metade do dia, quando a cotação da moeda deixou de exibir uma leve queda para rapidamente subir para perto de R$ 1,73 real. De acordo com o operador de uma corretora, que preferiu não ser identificado, houve uma compra pontual de dólares, concentrada em três casas.

Em outra corretora, um profissional atribuiu esse movimento a uma diminuição da posição vendida de fundos estrangeiros, que vem se mantendo em níveis expressivos na BM&FBovespa por causa da maior quantidade de dólares que têm ingressadado no país.

Na sexta-feira, último dado disponível, a posição vendida de investidores não-residentes em dólar futuro e cupom cambial estava em US$ 13,109 bilhões, ou 262 mil contratos.

No restante das operações, o mercado continuou dividido entre a tendência de queda provocada pela entrada de dólares e a pressão de alta causada pela intervenção do governo.

Dados das reservas internacionais induzem analistas como os do banco francês BNP Paribas a calcularem um ingresso de cerca de US$ 4 bilhões no país somente na semana passada – o que levaria o fluxo no mês a cerca de US$ 6 bilhões, mais que em todo o restante do ano.

Na sexta-feira, as reservas aumentaram US$ 916 milhões, para o novo patamar recorde de US$ 268,101 bilhões. Desde o dia 8, quando o Banco Central passou a fazer dois leilões de compra por dia no mercado, as reservas já cresceram US$ 5,7 bilhões de dólares.

O segundo leilão desta segunda-feira já teve duração de cinco minutos, conforme decisão do Banco Central anunciada na sexta-feira.