Dilma minimiza irregularidades apontadas pelo TCU no Dnit

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, voltou neste domingo a demonstrar contrariedade com dados que apontam fragilidades do governo. Indagada sobre reportagem do GLOBO de hoje , a respeito de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Dilma disse que, em sua época […]

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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, voltou neste domingo a demonstrar contrariedade com dados que apontam fragilidades do governo. Indagada sobre reportagem do GLOBO de hoje , a respeito de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Dilma disse que, em sua época como ministra-chefe da Casa Civil, a relação entre o TCU e o Dnit havia melhorado:

– Temo que essa matéria seja uma matéria que está usando esse momento de eleição. Porque o próprio ministro Ubiratan (Aguiar), presidente do tribunal, fez uma avaliação para mim que a relação do tribunal com o Dnit tinha melhorado de forma sistemática. De repente, eu vejo uma matéria desse tipo. Então, enquanto não me disserem: “piorou”, onde é que piorou, eu vou ficar com essa informação dada a mim pelo presidente do tribunal.

A reportagem analisou 399 relatórios aprovados pelo TCU desde janeiro de 2009. Entre as irregularidades, há casos de sobrepreço, superfaturamento e outros problemas que, somados, chegam a R$ 1,02 bilhão.

Dilma tratou do assunto em entrevista coletiva, durante evento de campanha, ao visitar a Feira do Produtor, em Vicente Pires, cidade-satélite a 10 quilômetros de Brasília. Durante a caminhada, a candidata do PT anunciou também que pretende criar, se for eleita, um setor na Caixa Econômica Federal só para cuidar de habitação rural .

Ainda sobre as irregularidades encontradas pelo TCU no Dnit, Dilma afirmou que a relação do governo com o tribunal é de cooperação e não antagonismo. Ainda assim, a candidata disse que há “divergências incontornáveis” sobre aspectos metodológicos, como a aferição de custos de pavimentação em estradas e aeroportos:

– Eu, em princípio, nunca questiono o que o tribunal faz. Porque não acho que a relação nossa com o tribunal seja uma relação de antagonismo. Ela é de cooperação. E, numa relação de cooperação, as partes podem externar as suas posições. Pode falar: “Olha, concordo com isso, não concordo com aquilo.” E assim o Brasil vai melhorando a sua gestão.

A candidata afirmou também que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são as que mais prestam esclarecimentos ao TCU:

– O próprio tribunal reconhece que as obras do PAC, por serem monitoradas, são as que mais respondem. Agora, é bom lembrar que há divergências incontornáveis. Não podemos tratar o preço do quilômetro numa estrada igual ao preço da pavimentação no aeroporto – disse Dilma. – Nós tivemos sempre, enquanto eu estive na Casa Civil, uma relação com a Polícia Federal de esclarecimento e pronto atendimento de todas as avaliações que a gente achava pertinente.

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