A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje (6) que pretende manter os critérios de negociação e aumento do salário mínimo adotados durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O reajuste é calculado com base na inflação do ano e da variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Os critérios foram acertados entre o governo e as centrais sindicais e valem até dezembro deste ano. “Vamos buscar o consenso. Acho que o critério atual é bastante razoável para as centrais. Vou partir desta referência”.

Por causa da possibilidade de aumento da inflação e do crescimento do PIB em níveis acima do esperado, se o cálculo for mantido o reajuste poderá ser maior do que o previsto pelo governo que elevará o salário mínimo a R$ 538,00. As centrais defendem um mínimo de R$ 560,00.

A candidata também disse em entrevista coletiva que pretende erradicar a pobreza no Brasil antes de 2016. E que sua meta é um dos pontos centrais em seu programa de governo. “Nenhum país pode ser considerado rigorosamente e desenvolvido se estiver reduzido drasticamente a pobreza a zero”.

Perguntada sobre o uso eleitoral das denúncias de quebra de sigilo da Receita Federal, Dilma disse que não vai baixar o nível da campanha, mas que vai se defender. “Não pretendo acusar sem provas nem lançar uma situação de instabilidade”. A candidata reafirmou que defende uma apuração rigorosa do caso. “Doa a quem doer”.

No final da tarde de hoje, Dilma foi para a cidade de Valparaíso, em Goiás, onde participará de um comício com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos candidatos ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) e de Goiás, Íris Resende (PMDB).