Residencial foi invadido por 30 famílias de sem teto. Polícia foi ao local com cães e armamento

Alessandro Pereira da Silva, 33 anos, foi detido por policiais militares da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), enquanto ocorria a desocupação de casas invadidas, no Jardim Noroeste, hoje em Campo Grande.

Segundo informações dos policiais, Alexsandro foi preso por dano ao patrimônio, pois ao se revoltar contra a desocupação quebrou os vidros da janela da casa que havia invadido. Ele foi encaminhado para a Depac. Com um aparato policial da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), famílias que haviam invadido casas de projeto habitacional construídas pelo Governo do Estado, estão sendo obrigadas a deixar os imóveis.

Houve bastante confusão, pois funcionários de uma transportadora estão retirando os móveis das casas e colocando em um caminhão alugado pelo Governo, que tem a missão de levar os bens para onde o invasor determinar, desde que seja em Campo Grande. Todo trabalho é acompanhado por aproximadamente 20 policiais armados da Cigcoe e cães.

Um chaveiro também foi contratado para trocar todas as fechaduras das casas após serem desocupadas. As que estavam fechadas não foram arrombadas, pois o profissional também atuou para abri-las. No conjunto existem 107 casas, divididas em dois conjuntos. Munido de um mandado judicial, o oficial de justiça chegou ao local acompanhado do coordenador jurídico da Agehab, Marco Antônio Rodrigues.

O representante do Governo afirma que há 15 dias as famílias foram notificadas para deixar o local. Ainda segundo ele, o beneficiado tem 30 dias para assumir o imóvel, mas a maioria decidiu se mudar antes disso. A moradora Marmiuce Pinho invadiu uma das casas havia 20 dias. “Vou deixar minhas coisas aqui na rua mesmo. Não tenho pra onde levar e eles ainda aparecem aqui bem no sábado pra despejar a gente”, disse desolada.

Ela morava na casa com a mãe e dois filhos pequenos. Denira Francisco, 82 anos, é uma das moradoras que tem o direito legal de uma das casas. Ela se mudou para o imóvel há uma semana. Questionada sobre as invasões, ela afirma que não se sente ameaçada com a presença dos sem teto.  (Colaborou Vinícius Squinelo).