Os deputados estaduais avaliam que o temperamento impulsivo do ex-governador Zeca do PT é uma das questões que o partido precisa aprender a administrar para não chegar enfraquecido às eleições de outubro. “Zeca tem temperamento. Tem rompantes o que às vezes cria dificuldades. Mas eu acho que cabe ao PT buscar um equilíbrio para isso. Não adianta tentar enquadrar o Zeca. Ele é temperamental, mas tem que lidar com isso”, opinou o deputado estadual Paulo Duarte que é ligadíssimo a Zeca.

Ontem, os petistas realizam reunião em Campo Grande para tratar de atropelos políticos ocorridos na sigla. Lideranças, especialmente candidatos, reclamam que decisões importantes que deveriam primeiro ser discutidas dentro da sigla estão sendo tratadas diretamente com outras legendas em movimentos isolados de petistas, principalmente de Zeca.

O mais recente movimento que chateou a cúpula ocorreu ainda esta semana. O Midiamax noticiou que o ex-governador Zeca do PT sugeriu ao empresário e suplente do senador Delcídio do Amaral, Antônio João Hugo Rodrigues , filiado ao , que continue na vaga. Ocorre que Zeca sequer comunicou o partido sobre o encontro com o empresário.

Da mesma forma que Duarte, o deputado Pedro Kemp também vê “rompantes” da parte de Zeca. Porém, acredita que o partido vai se acertar em breve, independente de uma mudança por parte de Zeca do PT. “Estas reuniões estão ocorrendo justamente para isso, para as coisas se organizarem”, analisa. “Mas, sendo Zeca o candidato a governador é natural que ele participe das articulações na linha de frente”, completa.

Duarte também acredita na organização interna do partido e avalia que “o PT já esteve pior”.

Na reunião de ontem, petistas acertaram que daqui pra frente todas as discussões internas passarão pelo partido. O próprio Zeca deixou o encontro falando cordialmente com companheiros de legenda. O próximo passo dos dirigentes da sigla é marcar uma agenda unificada entre Zeca e Delcídio do Amaral.