O setor imobiliário voltou a ficar aquecido em Três Lagoas. Empreendedores comemoram e já se preparam para ganhar um dinheiro extra, assim como aconteceu em 2008, quando a cidade recebeu 10 mil trabalhadores e até faltaram casas.

A falta de imóveis despertou a atenção de investidores do município, além de outras cidades e outros estados; eles construíram diversas casas para serem alugadas. Com a alta demanda, o preço do aluguel se tornou “salgado” e aumentou em 300%.

De acordo com Ariane Aquino, consultora de imóveis em Três Lagoas, pelo menos 40 pessoas por dia procuram casas para alugar na imobiliária onde trabalha. Ela disse que há mais procura do que imóveis, sendo assim, o jeito é indicar outras imobiliárias, ainda que sejam concorrentes. Ela entende que a boa fase atinge boa parte dos empresários do setor na cidade, por isso não teme indicar.

Segundo Ariano, fato curioso aconteceu no último sábado; ela recebeu um e-mail de um empresário de São Paulo querendo locar de uma só vez, 30 imóveis até que chegue dezembro.

A procura pelos imóveis já aumentou em 60% neste mês, a expectativa é que em dezembro, aumente em 100%. Ariane acredita que assim como aconteceu há dois anos, o aluguel deve ter aumento exorbitante.

Investidores

A Proprietária de um pensionato, Érica March, conta que em 2008, 60 homens moraram em sua residência que tem cinco quartos, sala, cozinha, cinco banheiros, além de piscina.

Na época ela ganhava livre R$ 2,5 mil por mês, isso porque ela havia alugado seu imóvel para um amigo que sublocou para uma empresa e cobrava R$ 30,00 por dia, por homem. No final do mês, a renda de seu amigo era de R$ 36 mil. Os gastos chegavam a R$ 16 mil, isso porque ele mantinha segurança 24 horas na casa, empregada doméstica e oferecia uma refeição por dia a todos os trabalhadores.

Questionada sobre porque ela não fez diretamente o contrato com a empresa, Érica disse que após alugar seu imóvel, seu amigo teve a ideia e ela junto a seu marido aprovou.

De olho no futuro

Atualmente Érica trabalha com a possibilidade de encerrar as atividades de seu pensionato que tem seis meninas como clientes e novamente alugar para os próximos trabalhadores que deve chegar à cidade. Ela disse que o retorno financeiro é mais compensatório.

Por outro lado, Érica disse que há dois anos teve sorte com os inúmeros trabalhadores que ocuparam seu imóvel quanto à conservação da casa, pois conhece pessoas que fizeram a mesma coisa e se arrependeram; o imóvel ficou parcialmente destruído.

Sem querem correr o risco de ter sua casa danificada, ela disse que quer no Maximo 15 pessoas em sua casa desta vez, caso entre novamente neste mercado por tempo determinado.