Após os depoimentos de duas testemunhas convocadas pela defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, os advogados do casal decidiram liberar as outras pessoas arroladas, por volta das 18h desta quarta-feira, terceiro dia de julgamento. Em seguida, os réus começaram a ser interrogados.

Inicialmente, a defesa havia convocado 17 pessoas –outras três eram testemunhas comuns à defesa e à acusação. Sete delas foram dispensadas no início do júri e outras oito hoje, entre elas o pedreiro Gabriel Santos Neto.

Entre as testemunhas arroladas pela defesa está o jornalista da Folha Rogério Pagnan, que começou a ser ouvido por volta das 17h. No dia 10 de abril de 2008, o jornal publicou reportagem assinada por ele em que o pedreiro Gabriel Santos Neto, que também é testemunha, afirmava que a obra em que trabalhava, nos fundos do edifício London, havia sido arrombada na noite do crime.

Depois dele foi ouvido o escrivão de polícia Jair Stirbulov. Entre as pessoas liberadas hoje do depoimento estão dois médicos-legistas do IML (Instituto Médico Legal) e duas peritas do Instituto Criminalística.

Júri

Nesta quarta-feira, terceiro dia do júri, a perita do Instituto de Criminalística Rosângela Monteiro, testemunha comum à defesa e à acusação, foi a primeira a depor. Ela foi ouvida das 10h25 às 17h e afirmou que, conforme as análises, Alexandre Nardoni foi o responsável pela morte da filha.

Na terça (23), foram ouvidas três pessoas : a delegada Renata Helena Silva Pontes, o médico-legista Paulo Sérgio Tieppo Alves –ambos testemunhas comuns à defesa e à acusação–, e o perito Luís Eduardo Carvalho, que veio da Bahia convocado pela Promotoria. Na segunda-feira (22), já tinha sido ouvida a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira.

Após cada dia de julgamento, o casal Nardoni está sendo levado para unidades prisionais da cidade de São Paulo. Alexandre está passando a noite do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros e Anna Carolina Jatobá na cadeia feminina do Estado, localizada no complexo do Carandiru.