De olho nas vendas, ambulantes esperam vitória para “esticar” comércio patriota nas ruas da Capital
“O primeiro jogo na Copa sempre é o melhor de vendas, mas depois, a cada partida o pessoal renova o patriostismo e melhora o comércio mais um pouquinho”, conta Fernando Fernandes Ferreira, que há três mundiais vende bandeiras nas ruas
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“O primeiro jogo na Copa sempre é o melhor de vendas, mas depois, a cada partida o pessoal renova o patriostismo e melhora o comércio mais um pouquinho”, conta Fernando Fernandes Ferreira, que há três mundiais vende bandeiras nas ruas
Quem está ganhando dinheiro com a venda de acessórios para torcedores patriotas tem um motivo a mais para torcer pela vitória do Brasil no jogo de logo mais a tarde contra a seleção chilena pela Copa do Mundo. Caso o time brasileiro vença, continua na competição e se prolonga o período das vendas.
Segundo os ambulantes, que oferecem em vários cruzamentos de Campo Grande bandeirinhas, apitos, cornetas e camisetas, sempre após os jogos com vitória brasileira o comércio ganha fôlego.
“O primeiro jogo na Copa sempre é o melhor de vendas, mas depois, a cada partida o pessoal renova o patriostismo e melhora o comércio mais um pouquinho”, conta Fernando Fernandes Ferreira, 28 anos, que há três mundiais vende bandeiras do Brasil nas ruas.
“Com as duas últimas copas do mundo eu construí minha casa. Dá sempre para fazer uma reserva boa, porque basta ter o produto que as vendas acontecem. O pessoal compra mesmo”, conta Ferreira. Neste ano, o ambulante espera comprar uma motocicleta com o lucro. “Se a Seleção não tropeçar hoje, eu compro”, diz.
Segundo Fernando, a Copa da África trouxe como novidade a venda das vuvuzelas. “Cada copa tem sempre uma novidade que vende. Dessa vez são os apitos e as cornetas. As vuvuzelas, que custam cerca de dez reais, estão vendendo como água”, conta.
Patriotismo também dos “hermanos”
Para surpresa de muitos, em Campo Grande não são apenas os produtos patriotas da Seleção canarinho que fazem sucesso. Com a fronteira a poucos quilômetros, e boa parte da população sendo descendente de paraguaios, os produtos nas cores azul, branca e vermelha também têm mercado.
Rafael Alencar, de 20 anos, é brasileiro “puro”, como ressalta, e diz que está surpreso com a procura pelas bandeirinhas paraguaias que vende em um dos principais cruzamentos da região sul da Capital. “Toda hora para alguem aqui e compram. Ficam felizes por achar a bandeirinha aqui no Brasil e aproveitam para levar dos dois países”, conta.
O vendedor diz que o sucesso da seleção paraguaia também está alavancando as vendas. “Nosso estoque já acabou duas vezes, e agora não acho mais produto em Ponta Porã. Trouxe as bandeirinhas de automóveis diretamente de Assunção”, alegra-se.
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