A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, retomou nesta segunda-feira a atividade oficial após a morte na quarta-feira de seu marido e antecessor, Néstor Kirchner, com o desafio de preencher a lacuna deixada no governo por seu líder político, a um ano das eleições presidenciais.

Cristina Kirchner reuniu-se nesta segunda-feira com colaboradores na residência oficial de Olivos (periferia norte) e à tarde recebeu cartas credenciais de vários embaixadores e assistiu a uma cerimômnia com empresários alemães, ambos na Casa Rosada, informou o site da presidência.

Em sua primeira declaração pública após a morte do ex-presidente (2003-2007), Cristina Kirchner felicitou na noite de domingo a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, com as palavras: “bem-vinda ao clube das companheiras de gênero”, segundo fontes oficiais.

A chefe de Estado conversou com Dilma por telefone pouco depois de chegar a Buenos Aires vinda de Río Gallegos, a cidade natal de Néstor Kirchner, onde o também secretário-geral da Unasul foi sepultado na sexta-feira.

“Somos peronistas, sempre estamos no meio do povo e no tumulto, não vamos mudar justo agora”, disse a presidente a pessoas próximas ao sair na sexta-feira do funeral de seu marido no cemitério de Río Gallegos, segundo o jornal Página/12.

Néstor Kirchner, líder do peronismo governista, que morreu na quarta-feira aos 60 anos de uma parada cardiorrespiratória, era considerado o homem forte do governo e seu nome ressoava como eventual candidato ao governo para as eleições de outubro de 2011, apoiado em pesquisas favoráveis.

Vários importantes líderes peronistas reafirmaram nesta segunda-feira seu apoio à presidente, como o líder da maior central de trabalhadores, a CGT, Hugo Moyano, e Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires, o maior distrito do país e decisivo no cenário político.