Crescem exportações de celulose em Mato Grosso do Sul

De acordo com estatísticas do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), o setor de papel e celulose teve um dos melhores desempenhos entre os produtos que saem do Estado, puxado pela expressiva venda externa da pasta de celulose que figura a terceira colocação no ranking dos mais exportados por Mato Grosso do Sul. De […]

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De acordo com estatísticas do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC), o setor de papel e celulose teve um dos melhores desempenhos entre os produtos que saem do Estado, puxado pela expressiva venda externa da pasta de celulose que figura a terceira colocação no ranking dos mais exportados por Mato Grosso do Sul.

De acordo com o balanço do MDIC, a soja se mantém em primeiro lugar, representando 22,57% dos principais produtos vendidos. Entre janeiro e setembro deste ano Mato Grosso do Sul arrecadou cerca de US$ 501 milhões com a venda da commodity. Em segundo lugar estão as carnes bovinas desossadas, responsáveis por 13,74% do montante exportado. E na terceira colocação, a pasta de celulose. O produto rendeu a Mato Grosso do Sul mais de US$ 267,8 milhões ante a US$ 137,8 milhões no mesmo período (jan-set) do ano anterior. Em setembro, as vendas tiveram aumento de 94,3%. Originado através das fibras naturais retiradas de diferentes espécies de árvores, a pasta é a matéria-prima para fabricação do papel.

Dentre os mais importados pelo Estado entre janeiro e setembro deste ano está o gás natural, correspondendo a 63% de participação no volume total. Em seguida estão os cátodos de cobre refinados, com 8,13% e fio texturizado de poliésteres, com 2,02%.

Balança comercial

A balança comercial do Estado registrou saldo negativo no ano de 2009. Nos dozes meses, as vendas externas alcançaram US$ 1.937 milhão enquanto que as compras consumiram US$ 2.690 milhões. Com esta movimentação, o saldo da balança comercial foi de 26,95% negativos.

Em 2010, até o último mês de setembro, o Estado contabiliza US$ 2.219.035 em exportações, mas apesar do crescimento ainda importa mais do que vende.

Sivicultura em crescimento

Nos últimos cinco anos, o número de hectares de florestas plantadas para fins industriais em Mato Grosso do Sul dobrou, aumentando de 150 mil para 360 mil. O Estado possui a sétima maior área plantada do País.

Como forma de fortalecer o reflorestamento, em 2009 foi implantado o Plano Estadual para o Desenvolvimento Sustentável de Florestas Plantadas que prevê que até 2030 seja atingido o plantio de florestas de produção em área de 1 milhão de hectares.

Durante abertura solene do 2º Congresso Florestal de Mato Grosso do Sul, ocorrido no último mês de junho, o governador André Puccinelli afirmou que o Estado deverá se tornar o maior polo florestal do Brasil. “Nossa meta é chegar a dois milhões de hectares plantados em dez anos”, disse na ocasião.

Durante o evento, Puccinelli palestrou sobre a Aposta do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul no setor de Sivicultura. “O plantio de florestas assume uma importância ambiental, econômica e política significativa no Estado. Estamos investindo de forma intensiva no plantio de florestas. Precisamos de florestas plantadas para produzir carvão vegetal e preservar as florestas nativas. A meta de dois milhões de hectares de florestas plantadas em solo degradado atenderá a demanda das siderúrgicas, fábricas de celulose e também das madeireiras”, completou o governador.

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