Nesta terça-feira, 28 de setembro, o que se vê pelas ruas de Corumbá ainda é muita sujeira espalhada pelo temporal que caiu na região na noite de domingo, 26, e madrugada de segunda-feira, 27 de setembro. Os moradores se uniam aos funcionários da coleta seletiva e de empresas privadas, para juntos, restabelecerem a ordem na cidade, como por exemplo, tráfego e limpeza. Em alguns pontos, serviços como energia e água, ainda não foram restabelecidos.

O gerente de Serviços Urbanos, Gerson da Costa Melo, informou a este Diário, que todos os setores de atendimento à população, como coleta seletiva, abastecimento de água, fornecimento de energia, limpeza e tráfego de veículos, devem voltar a normalidade até sexta-feira, 1º de outubro.

“Os estragos sofridos pela população foram muito graves. Na área central, tivemos grandes problemas com quedas de árvores e rompimentos de fiação elétrica. Já na parte alta da cidade, devido a queda de granizo, muitas casas foram destelhadas. Agora temos os problemas pós-temporal, como atendimento às podas de árvores e alguns serviços foram alterados, como a coleta seletiva. Pedimos à população que tenha um pouco de calma, que até sexta-feira, os serviços básicos de atendimento urbano e o tráfego na cidade estarão restabelecidos”, informou Gerson. Melo.

A Prefeitura Municipal informou em nota que equipes da Defesa Civil e da Subsecretaria de Serviços Urbanos estão percorrendo todas as regiões do município, principalmente os bairros, avaliando os danos provocados pela ventania. O Corpo de Bombeiros da cidade e da empresa que faz a coleta regular do lixo na cidade, com apoio de veículos, estão percorrendo ruas onde há lixo e galhos espalhados pelas vias, desobstruindo as passagens interrompidas.

Brigadistas do Prevfogo também foram chamados para ajudar no trabalho. Juntamente com funcionários da Secretaria Executiva de Meio Ambiente, eles realizam o corte de galhos e árvores que ainda apresentam riscos de queda.

O temporal

Em pouco mais de cinco horas, Corumbá enfrentou o que a Defesa Civil classificou de “vendaval extremamente intenso”, uma vez que os ventos atingiram velocidades superiores a 120 quilômetros horários. A tempestade que caiu em Corumbá entre a noite de domingo, 26 de setembro, e a madrugada de segunda-feira, dia 27, provocou o destelhamento de 60 casas e a queda de mais de 150 árvores.

As rajadas de vento chegaram a 125 quilômetros horários (68 nós), segundo a medição do serviço de meteorologia da Força Aérea Brasileira (FAB), que funciona no Aeroporto Internacional de Corumbá. A chuva teve duração total de cinco horas, contando a precipitação da tarde e a ocorrida entre final da noite e início da madrugada. Neste período, o volume pluviométrico foi de 13,3 milímetros, segundo dados da FAB. Em alguns bairros houve queda de granizo. Levantamento da Gerência de Ações de Defesa Civil, atualizado até 16 horas desta segunda-feira, contabilizou 101 quedas de árvores em via pública; outras 56 caíram sobre imóveis. Pelo menos 60 casas ficaram destelhadas em sete regiões da cidade. Corumbá enfrentava mais de dois meses de estiagem.

Durante o temporal, houve falta de energia elétrica por mais de uma hora na maior parte do município. A Enersul teve volume de trabalho 14 vezes acima do habitual na cidade. O sistema de telefonia fixa e móvel também foi afetado e os usuários tiveram dificuldades para realizar chamadas. O serviço de abastecimento de água também ficou prejudicado.

A última chuva mais forte ocorreu em 12 de julho, com volume de 2,2 milímetros. Naquela oportunidade, os ventos alcançaram velocidade média de 50 quilômetros horários.