Copa termina com segunda pior média de gols da história

Portugal bem que ajudou com os 7 a 0 na Coreia do Norte. A Alemanha também fez sua parte, com três goleadas. Mas foi inevitável: com 145 gols em 64 jogos, a Copa do Mundo da África do Sul chega ao fim com a segunda pior média de gols por partida da história: 2,26. Superou […]

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Portugal bem que ajudou com os 7 a 0 na Coreia do Norte. A Alemanha também fez sua parte, com três goleadas. Mas foi inevitável: com 145 gols em 64 jogos, a Copa do Mundo da África do Sul chega ao fim com a segunda pior média de gols por partida da história: 2,26. Superou os 2,21 de 1990, na Itália (115 gols em 52 partidas), mas teve dois tentos a menos que a de 2006, na Alemanha (147 em 64 jogos, média de 2,29).

Criticada por diversos jogadores – sobretudo os goleiros -, a bola Jabulani não conseguiu ajudar os atacantes a estancarem um franco processo de declínio de gols. Se em 1990 foi obtida a pior média da história, a Copa de 1994, nos Estados Unidos, com 141 gols em 52 jogos, viu o índice saltar para 2,7. Desde então, o número só caiu: 2,67 em 1998; 2,5 em 2002, e 2,29 em 2006.

A média de gols por partida não é o único indicador evidente da preponderância das defesas sobre o poderio ofensivo das seleções. A Espanha conseguiu o título com a melhor defesa do torneio – só dois gols sofridos: um para a Suíça, em sua única derrota, e outro para o Chile. A campanha iguala o feito da Itália, campeã em 2006, que também levantou a taça só tendo sido vazada por duas vezes ao longo de todo o torneio.

A “Fúria” de 2010 também ostenta outra marca histórica, esta pouco honrosa: foi a seleção campeã com o menor número de gols marcados. Foram 8 ao todo; à exceção da primeira fase, a equipe venceu todas as partidas pelo placar mínimo de 1 a 0. Até então, três equipes campeãs dividiam a marca, com apenas 11 gols marcados: a Itália de 1938, a Inglaterra de 1966 (ambas em seis jogos, quando a Copa tinha menos participantes) e o Brasil tetracampeão de 1994.

Fica, ao fim do torneio, uma constatação algo surpreendente: a Espanha, que chegou à Copa do Mundo festejada pelo poderio de seus atacantes, foi premiada, sobretudo, pela solidez irrepreensível de seu sistema defensivo.

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