Conferência sobre a Aids discutirá os novos tratamentos da doença
A 18ª conferencia internacional sobre a Aids, doença que deixa dois milhões de mortos por ano, será inaugurada nete domingo, em Viena (Áustria), num momento em que um estudo recomenda começar os tratamentos cedo para proteger o sistema imunológico. A nova conferência debaterá novas pistas promissoras para o tratamento, como propor análises de diagnóstico precoce […]
A 18ª conferencia internacional sobre a Aids, doença que deixa dois milhões de mortos por ano, será inaugurada nete domingo, em Viena (Áustria), num momento em que um estudo recomenda começar os tratamentos cedo para proteger o sistema imunológico.
A nova conferência debaterá novas pistas promissoras para o tratamento, como propor análises de diagnóstico precoce para todos que desejarem ou tratamentos mais simples e mais rápidos para combater a doença.
A Sociedade Internacional de Aids escolheu o tema “Direitos aqui e agora” para o evento, que será celebrado entre 18 e 23 de julho, em Viena, e que contará com mais de 20 mil cientistas, médicos e membros de associações.
A igualdade neste acesso ao tratamento e na prevenção é o fundamento de uma resposta adequada à pandemia, segundo os organizadores.
“Será a conferência dos sem voz”, disse o diretor-executivo da OnuAids, Michel Sidibé.
O “aqui” se refere à proximidade com o leste europeu e a Ásia central, únicas regiões onde a epidemia avança, especialmente entre os consumidores de drogas injetáveis.
Os escritores peruano Mario Vargas Llosa e brasileiro Paulo Coelho também assinaram o documento.
Os especialistas que impulsionam a “Declaração de Viena” julgam que as políticas repressivas contra a droga contribuem para a difusão do vírus, já que os dependentes químicos têm pouco acesso a cuidados médicos.
Fora da África subsaariana, uma contaminação em cada três está relacionada com o uso de drogas injetáveis.
Na Ásia Central e no leste europeu, únicas regiões onde a epidemia progride, trata-se do primeiro fator de contágio.
As novas pistas da luta contra a doença são muitas.
Para a OnuAids, é preciso facilitar o acesso com um medicamento “mais inteligente, melhor e menos tóxico” e um sistema de distribuição mais simples e barato.
Desta forma, segundo a agência das Nações Unidas, seria possível reduzir em um milhão anuais as novas infecções e evitar 10 milhões de mortes até 2025.
Para ir além, será abordada em Viena a possibilidade de uma análise de diagnóstico precoce (voluntário) que seria oferecida a todos, e de um tratamento proposto a todos os soropositivos, inclusive se seu nível de infecção for muito baixo.
Os últimos dados publicados parecem dar razão aos mais otimistas, com um retrocesso da doença entre os jovens de 15 a 24 anos em quase a metade dos 25 países mais afetados. A exceção é a Europa oriental.
A questão dos custos, agravada pela crise financeira e pela inapetência dos doadores, também é importante.
Este ano, faltariam 25 bilhões de dólares para combater a pandemia nos países pobres, e atualmente faltam 11,3 bilhões, segundo análise publicada na revista científica americana Science.
Bill Gates e Bill Clinton estarão entre as personalidades presentes, ao lado de vários ministros da Saúde.
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