Com urnas em mãos, sentimento de mesários vai de satisfação a enfado
No próximo domingo por volta de 24 mil pessoas vão passar o dia nas seções eleitorais de todo o Estado trabalhando como mesários. Hoje, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul está entregando as urnas eletrônicas das 5200 seções de votações do Estado. A obrigação de comparecer aos cartórios eleitorais para a […]
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No próximo domingo por volta de 24 mil pessoas vão passar o dia nas seções eleitorais de todo o Estado trabalhando como mesários. Hoje, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul está entregando as urnas eletrônicas das 5200 seções de votações do Estado.
A obrigação de comparecer aos cartórios eleitorais para a retirada das urnas é dos presidentes de mesa. A máquina (urna eletrônica) fica sob a responsabilidade deles até o dia pleito.
E como o serviço de presidente de mesa e também de mesário é obrigatório, entre as pessoas que tem a função de coordenador o local de votação, o sentimento vai de satisfação com a tarefa até cansaço e vontade de abandonar o serviço.
A auxiliar técnica Cleusa Cardoso Pereira, 42 anos, conta que é mesária há 20 anos e revela que para ela o dia de trabalho nas eleições é sempre prazeroso. “Gosto muito. Nunca pensei em desistir desta função. Além do mais depois eu posso tirar folga como compensação pelo dia trabalhado”, diz ela que atua da seção 191 na Escola Joelina de Almeida Xavier, no Bairro Marabá.
Mesário há 10 eleições, o engenheiro civil Marco Antônio Dalbianco, 42 anos, diz que há muito quer deixar o trabalho. “Na verdade, não é um trabalho ruim, mas eu já dei minha cota de contribuição”, diz ele que atua como presidente de mesa na seção 62 na Escola Lúcia Martins Coelho.
O comerciante Antônio Carlos Timóteo da Silva, 62 anos, diz que atua como mesário desde 1996 e também quer parar. “Já pedi para tirar meu nome, várias vezes, mas não tiram”, reclama. “Vou continuar pedindo”, completa.
Técnicos do TRE-MS que hoje estão trabalhando na entrega das urnas, explicam o caminho correta para “renunciar” ao posto é fazer tal solicitação na ata da eleição que é entregue aos mesários no momento em que recebem as urnas. A Justiça Eleitoral espera contar com número maior de voluntários nas próximas eleições.
Além da urna e do caderno e da ata eleitoral, retira no TER-MS um kit contendo papéis, canetas e clipes, dinheiro para alimentação, no valor de R$ 80,00 (R$ 20 para cada um dos quatro mesários da seção) e requisição para o abastecimento do veículo que transportará a urna eleitoral.
Ao receber as urnas, os presidentes de mesa são orientados sobre o uso da máquina e o zelo com ela. São orientados, por exemplo, a tirá-la da caixa apenas quando chegarem à seção e não deixá-la em locais onde possa haver superaquecimento.
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