Militares falaram sobre o perigo e que ‘a sorte foi o pouco movimento de pedestres’; árvore ficou sobre a calçada em plena Avenida Afonso Pena; raiz não suportou o peso da árvore; responsabilidade da poda no local é da Enersul

Com 40 anos, o ingazeiro de 20 metros de altura não resistiu ao tremor da terra após a passagem de um ônibus na Avenida Afonso Pena e caiu sobre o muro do Espaço Cultural Melo Cáceres, conhecido como Museu da Força Expedicionária Brasileira, entre as ruas Ruy Barbosa e 13 de Maio, em Campo Grande. O acidente aconteceu às 13h42, segundo informações dos militares que ajudam os bombeiros a cortar os galhos no local.

Uma equipe da Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul), responsável pela poda no lado da rede de energia, já está no local. Os operários da empresa justificaram o problema ao dizer que a árvore seria muito antiga.

Porém, as folhas bem verdes apontam que a árvore não estava morta. Os bombeiros não encontram cupins. A raiz rasa denunciou que ela não suportou o peso do ingazeiro. Para evitar o problema e o risco de acidentes em área urbana, especialistas afirmam que a poda deve ser bem feita. 

“A sorte foi que ninguém passava na calçada nesta tarde de sábado”, disse um dos militares.

Os galhos puxaram a fiação e pesaram sobre o poste, mas não há falta de luz no local.  

Campo Grande tem 150 mil árvores e pelo menos 15 mil estão condenadas, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano. A responsabilidade da poda das árvores do lado que não tem a rede de energia é da Prefeitura de Campo Grande.

Após o corte do tronco e dos galhos, os restos da antiga ingá ficarão ali, onde nos canteiros estão as árvores centenárias. Todo o material deverá ser recolhido por um caminhão da prefeitura, informaram os bombeiros. (Colaboração: Reginaldo Coelho)