Colombianos vão às urnas hoje eleger sucessor de Uribe

A Colômbia realiza neste domingo (20) o segundo turno de suas eleições presidenciais. Quase 30 milhões de colombianos escolherão o sucessor do atual e popular presidente Alvaro Uribe, em uma votação na qual o grande favorito é seu herdeiro político, o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, que enfrentará Antanas Mockus.  Aos 58 anos, Santos […]

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A Colômbia realiza neste domingo (20) o segundo turno de suas eleições presidenciais. Quase 30 milhões de colombianos escolherão o sucessor do atual e popular presidente Alvaro Uribe, em uma votação na qual o grande favorito é seu herdeiro político, o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos, que enfrentará Antanas Mockus. 

Aos 58 anos, Santos por pouco não venceu no primeiro turno, em 30 de maio, quando recebeu 46,6% dos votos. Seu concorrente é ex-prefeito de Bogotá (1995-97 e 2001-04). Mockus, também com 58 anos, do Partido Verde, obteve 21,5% dos votos. 
Segundo a última pesquisa anterior ao segundo turno, do instituto Invamer Gallup, Santos ganharia com 65,1% dos votos, contra 28% de Mockus.

Juan Manuel Santos, que foi três vezes ministro (Comércio, Tesouro e Defesa) e se formou em Harvard, fez uma campanha profissional e organizada. Prometeu proteger a herança do atual presidente, cuja taxa de popularidade segue rondando os 70% graças a sua política de firmeza contra a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). 

Além disso, como ministro da Defesa (2006-2009), Santos participou de momentos históricos para os colombianos, como o ataque contra um acampamento das Farc no Equador, em março de 2009, no qual morreu Raúl Reyes, número dois da guerrilha, e o resgate de 15 reféns, entre eles a franco-colombiana Ingrid Betancourt, durante a “Operação Xeque”, no dia 2 de julho de 2008.
Do outro lado, Antanas Mockus tem estado na defensiva. Esquecendo-se de seu programa, atacou o adversário e vinculou-se a uma imagem agressiva, apesar de evocar reais perigos da coalizão de direita a que Santos pertence, como a corrupção ou às milhares de execuções extrajudiciais atribuídas ao Exército. 
Lei seca, restrição de armas e fronteiras fechadas 
O governo colombiano lembrou que, para garantir a normalidade durantes as eleições, serão tomadas medidas de segurança como a proibição da venda de bebidas alcoólicas, a “lei seca”, a restrição da posse de armas e o fechamento das fronteiras terrestres durante este domingo. 
O ministro do Interior e de Justiça, Fabio Valencia, assim como diversas autoridades eleitorais, assinalaram que essas medidas buscam garantir o desenvolvimento normal do pleito. 
A lei seca e a proibição de posse de armas estão em vigor desde 20h deste sábado (19) e vale até às 8h de segunda-feira (21). 
O fechamento das fronteiras terrestres começa às 6h (Brasília) deste domingo e segue por 12 horas, até o fechamento das votações. A Colômbia tem fronteiras terrestres com a Venezuela, Equador e Peru, embora também faça fronteira com o Brasil e o Panamá em territórios de selva. 
O governo colocou um total de 72.725 mesas de votação na Colômbia e em 60 países onde os colombianos que residem no exterior podem votar. 
A segurança das eleições será feita por 350 mil homens das Forças Armadas e da polícia.

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