O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu abrir um processo administrativo, nesta terça-feira (19), para investigar o envolvimento de um desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) com prostituição infantil e tráfico de influência.

De acordo com o CNJ, a suspeita de envolvimento do magistrado com prostituição de menores surgiu após escutas telefônicas feitas para investigar crimes relacionados com jogos de azar. As gravações foram feitas com autorização judicial. Em uma gravação, o desembargador e um amigo conversam sobre uma casa de prostituição e uma mulher que organiza encontros sexuais com menores. Ele teria mantido relações com uma adolescente.

Ainda de acordo com o CNJ, o desembargador é suspeito de parcialidade em suas decisões. Ele teria favorecido o caso defendido por um advogado amigo em uma decisão.

O desembargador não foi afastado do trabalho, apesar de a função de magistrado exigir conduta ilibada, porque se trata apenas de denúncia, segundo o CNJ.