Cadeia produtiva da erva mate quer ampliar produção em MS

Em busca de fortalecer e diversificar a produção estadual de erva mate, representantes e diretores do Sindicato das Industrias de Erva e Derivados de Mate de Mato Grosso do Sul (Sindimate/MS), apresentam projeto de ampliação da produção estadual por meio de incentivos tributários. A proposta, entregue na última sexta-feira (26), a secretária de Estado de […]

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Em busca de fortalecer e diversificar a produção estadual de erva mate, representantes e diretores do Sindicato das Industrias de Erva e Derivados de Mate de Mato Grosso do Sul (Sindimate/MS), apresentam projeto de ampliação da produção estadual por meio de incentivos tributários.

A proposta, entregue na última sexta-feira (26), a secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, será encaminhará ao governador André Puccinelli.

De acordo com o presidente do Sindimate/MS, Antonio Vieira Soares, embora o Estado já tenha sido um grande produtor e exportador do produto, ultimamente, produz apenas 2 mil toneladas, das 10 mil que consome ano, o que, obriga as indústrias instaladas, a importar 80% da matéria-prima utilizada de estados vizinhos, e até do Paraguai e Argentina. “Queremos ampliar nossa produção de ervais plantados, ainda pouco significativa, para quem saber atender nossa demanda de 8 mil toneladas ano”, declarou.

Segundo Soares, enquanto a produção decaiu nos últimos anos, nos três Estados do Sul do País, houve a instalação de um sólido parque industrial, de pujante produção. “Isso ocorreu graças a disponibilidade de matéria prima, acesso a financiamentos favoráveis, mas, principalmente, a incentivos fiscais governamentais”, acredita.

Desta forma, o dirigente acredita que para o setor voltar a crescer no Mato Grosso do Sul, deverá haver uma serie de esforços conjuntos voltados a programas e ações de incentivo ao plantio, a começar pelo governo estadual – parceiro da produção estadual – mas também dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério de Desenvolvimento e Integração Nacional.

Soares também lembrou que atualmente o Ministério do Meio Ambiente, através do IBAMA, incluiu a erva mate como reserva legal, o que deverá surtir efeitos positivos. “Outro exemplo foi dado pelo Governador André Pucinelli, quando criou o programa “Faixa de Fronteira”, que abrange todo o Conesul, priorizando o plantio de essências florestais, especialmente, a erva mate”, e acrescenta, “agora, o apoio por parte dos incentivos fiscais, consolidaria nosso parque industrial”, aponta.

Sensibilizada pelo pleito, a secretária da Seprotur, Tereza Cristina, prometeu levar ao governador os detalhes do projeto que busca incentivar a cadeia da Erva Mate, fortalecer o parque industrial e a produção da matéria-prima em todo o Estado. Ela acredita que até o final do semestre o governo deverá apresentar uma alternativa viável e equânimes em prol do desenvolvimento desta cadeia. “O governador tem pautado sua gestão pelo crescimento econômico responsável e equânime, e que está sendo construído com amplo e profundo diálogo”, adiantou.

Rentabilidade

Os representantes do setor revelam que a atividade proporciona geração de empregos e renda para comunidades indígenas, e pequenos proprietários rurais, como nenhuma outra. Além de ser incluída recentemente no Programa mais alimentos, beneficiando assim a agricultura familiar, estima-se que em um hectare de erva mate – onde é possível plantar 2.500 mudas – são gerados 15 postos de trabalho, e ainda, produzir até 25.000 quilos de folhas.

O presidente do Sindimate também revelou que ao preço pago pela indústria hoje, de até R$ 0,25, a rentabilidade anual pode chegar a R$ 6.250,00 por hectare – do plantio até a 1ª poda, o prazo é de até 5 anos. “Se levarmos em conta que a produção pode ser consorciada com o gado, lavoura e outras atividade, além de contar como reserva legal e permanente, temos um ótimo rendimento”, e conclui, “sem contar que a planta é uma árvore perene que exige poucos cuidados ao longo de sua existência, que pode ser de até 50 anos”, conclui.

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