O goleiro Bruno e outros dois suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio foram orientados, por advogados, a não ceder material genético para as investigações. A afirmação foi feita pelo delegado Edson Moreira, um dos responsáveis pelas investigações em Minas Gerais, em entrevista nesta sexta-feira (9).

Na manhã desta sexta, depois de deixar a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), Bruno, seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, também conhecido como Bola, chegaram ao Departamento de Investigações de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Do DI eles seguiriam ao Instituto de Criminalística para colher material genético. Segundo a polícia, os suspeitos não são obrigados a fazer o exame.

Ainda durante a entrevista, Moreira afirmou que, em seu primeiro contato com Bruno, deu as boas-vindas ao jogador. “Dei as boas-vindas para o Bruno, disse que ele estava em Minas Gerais”, afirma. Ele disse ainda que não falou muito com o Bruno. “Não consegui falar com ele porque os advogados tomaram quase todo o tempo”, diz.

Segundo Moreira, não há data definida para o depoimento de Bruno. “Devido ao tumulto de ontem, resolvemos não entrevistá-lo. Temos agora 30 dias, a contar da prisão.

Computador de Eliza

Um computador pessoal de Eliza, entregue à polícia por uma amiga, está sendo investigado. De acordo com Moreira, fotos e conversas gravadas pela jovem serão analisadas. “Ainda não tive tempo de olhar tudo, mas o que tiver importância para as investigações será extraído.”

Buscas pelo corpo

As buscas pelo corpo de Eliza Samudio foram retomadas, nesta sexta, em sítios na cidade de Esmeraldas (MG). “Precisa saber primeiro se ainda há restos mortais. Há várias maneiras de ocultar um corpo”, afirma Moreira.

A polícia procura por vestígios do suposto assassinato de Eliza, como restos da mala que teria sido queimada dentro de uma cisterna.