Seis de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio estão presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e não podem receber visitas neste fim de semana.

O goleiro Bruno, Luiz Henrique Romão (Macarrão), Marcos Aparecido dos Santos (Neném, Bola ou Paulista), Wemerson Marques (Coxinha), Flávio Caetano e Elenilson Vitor da Silva foram presos nesta semana sob suspeita de envolvimento no desaparecimento da ex-namorada do goleiro Eliza Samudio, considerada morta pela polícia.

De acordo com a polícia, os dias de visitas são sábado e domingo, das 8h às 14h, mas nenhum deles deve receber parentes ou amigos porque as visitas têm de ser agendadas com dez dias de antecedência. Além disso, de acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais, eles não podem receber visitas nos primeiros 30 dias. Durante este tempo, eles também não têm direito ao banho de sol.

O site do jornal “O Dia” publicou neste sábado (10) a foto de uma tatuagem que seria de Macarrão. A frase, que estaria tatuada nas costas do amigo do goleiro, mostraria a forte amizade entre os dois: “Bruno e Maka. A amizade nem a força do tempo irá destruir. Amor verdadeiro”.

A Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais nega que a foto tenha sido tirada durante a prisão de Macarrão. A frase tatuada é um trecho da música  “Amizade”, do grupo de samba Fundo de Quintal.

Investigação
A vistoria no GPS do carro de Bruno continua sendo feita, mas o relatório já identificou que o carro passou por Esmeraldas, Betim, Ribeirão das Neves e Contagem no dia 9 de junho, dia em que a polícia acredita que Eliza foi morta. Não há prazo para sair o resultado da perícia no computador da ex-namorada de Bruno.

A mulher do goleiro, Dayanne de Souza, está presa na Complexo Penitenciário Estevão Pinto, exclusiva para mulheres, em Belo Horizonte. Sérgio Rosa Sales, o oitavo suspeito, está preso no Centro de Remanejamento de Presos São Cristóvão, na Lagoinha, em Belo Horizonte.

Defesa
O advogado Ércio Quaresma, cujo escritório representa Bruno, Macarrão, Dayanne Souza, Wemerson Marques, Flávio Caetano e Elenilson Vitor da Silva, disse neste sábado (10) que está formando uma equipe multidisciplinar com médicos legistas, entre outros, para dar outros pareceres sobre laudos e provas no caso Bruno. O defensor contesta a investigação que é feita pela Polícia Civil de Minas Gerais e reclama que ainda não teve acesso aos laudos e ao inquérito.

Ainda segundo o advogado, o escritório vai entrar com uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, contra a polícia. A intenção é forçar a corporação a permitir que a defesa tenha acesso ao inquérito.

Os habeas corpus com pedido de liberdade para Bruno, Dayanne e Macarrão, defendidos pessoalmente por Ércio Quaresma, ainda não estão sendo produzidos. O advogado Frederico Franco, que trabalha no escritório de Quaresma, vai coordenar a defesa dos outros três.