Pela primeira vez, o Brasil sedia, a partir de hoje (19), no Rio, o Congresso Internacional de Microscopia, que reúne cientistas das áreas de biologia e materiais de mais de 70 países. O encontro ocorre de quatro em quatro anos. A última edição foi na cidade de Saporo, no Japão.

A secretária-geral do congresso, Rossana Melo, professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), afirmou que a escolha do país para abrigar o evento mostra o valor das  pesquisas brasileiras nesse campo.

“O Brasil hoje desponta como um dos países que avançou muito nessa área. Isso aconteceu porque temos pesquisas de excelência envolvendo a microscopia como ferramenta de estudo e um bom nível das publicações feitas pelos pesquisadores brasileiros. O investimento em centros de microscopia no país também cresceu muito. Tudo isso foi um fator positivo”.

A microscopia tem um escopo amplo, sendo uma ferramenta  para investigação tanto na área de ciências biológicas e saúde, quanto de ciências de materiais. “E como ela trabalha no nanomundo, ela também envolve vários aspectos de nanotecnologia. E o Brasil cresceu muito nos estudos envolvendo a microscopia”.

A importância da microscopia pode ser medida também pelo grande número de sociedades científicas especializadas nesse campo em todo o mundo, observou Rossana Melo.

O congresso é organizado  pela Federação Internacional das Sociedades de Microscopia  (IFSM, a sigla em inglês) e pela Sociedade Brasileira de Microscopia e Microanálise. Serão realizados 65 simpósios científicos durante o encontro. Além disso, haverá estandes onde serão apresentados os mais modernos produtos e serviços de microscopia desenvolvidos em países como o Japão, a Holanda e Alemanha.